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Saúde
Segunda - 12 de Setembro de 2011 às 15:59

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Por meio da Portaria 2.029 de agosto, do Ministério da Saúde, que amplia assistências aos usuários do SUS, os pacientes passam a ter acesso ao Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), que será prestado na residência e com a garantia de continuidade dos cuidados à saúde do paciente. O SAD é substitutivo ou complementar à internação hospitalar e ao atendimento ambulatorial, com foco na assistência humanizada e integrado às redes de atenção disponíveis na rede pública de saúde.

O Atendimento Domiciliar do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia é uma referência desde 2005. O trabalho realizado neste período tem como objetivo complementar o tratamento ortopédico iniciado na unidade hospitalar, oferecendo assistência especializada na casa daqueles que sofrem, principalmente, com problemas de locomoção. A equipe multidisciplinar é formada por fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogas, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. “Damos todo o suporte no que diz respeito ao quadro clínico, fornecendo orientações e solucionando dúvidas tanto para o paciente como para seus familiares. Estamos sempre alinhados com as orientações do hospital, somando resultados positivos na recuperação e acompanhamento de todos”, define a chefe do setor, Cláudia Mendes Araújo.

A paciente de 84 anos de idade Maria Tereza Belford é uma das beneficiadas do serviço, que contabiliza até 540 visitas domiciliares por mês. Moradora do bairro Flamengo, no Rio de Janeiro, ela se recupera de uma cirurgia na bacia e recebe em sua residência o grupo da Unidade Domiciliar do Into três vezes por semana. “É uma melhora representativa que estou tendo no meu tratamento. São todos muito atenciosos”, elogia. O atendimento é realizado de segunda a sábado, sendo a frequência do número de atendimentos necessários avaliados pela equipe, de acordo com as necessidades de cada paciente. “Nossas visitas favorecem desde crianças a idosos,” complementa Cláudia Mendes. 

Para o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, terminar a recuperação de uma cirurgia em casa é muito mais vantajoso. “O paciente está em um ambiente humanizado, acolhedor e recebendo os cuidados de equipes profissionais capacitadas para dar continuidade ao tratamento”, explica Padilha. “Com a redução do período de permanência de pacientes internados, conseguiremos dar maior autonomia a eles e descongestionar os hospitais, liberando mais leitos para outros usuários do SUS”, completa o ministro.

Financiamento – O Ministério da Saúde financiará 80% dos custos de cada Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar. Por mês, serão garantidos R$ 34.560 para o custeio do trabalho, recursos que serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos municipais ou estaduais de saúde.

Para a habilitação do SAD, no caso de instituições que ainda não oferecem o benefício, as secretarias de saúde deverão apresentar, ao Ministério da Saúde, o detalhamento do Componente Atenção Domiciliar inserido no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências. A previsão é que 250 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar estejam estruturadas até o final do ano. A meta é chegar a mil equipes até 2014.






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