Num estudo publicado pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”, os pesquisadores conseguiram criar camundongos sem o gene da proteína quinase C épsilon. Comparados aos animais que tinham o gene, eles consumiram uma solução de nicotina em quantidade menor.
Além disso, mantiveram a quantidade consumida num nível estável, ao contrário do outro grupo. Isso indica que o gene está relacionado à dependência química da nicotina.
No passado, um procedimento semelhante mostrou que o mesmo gene está ligado ao alcoolismo.
“Isso pode significar que esses camundongos [os que não têm o gene] não têm o mesmo senso de recompensa da nicotina e do álcool”, afirmou Robert Messing, da Clínica e Centro de Pesquisa Ernest Gallo, ligado à Universidade da Califórnia, em São Francisco, nos EUA. O sistema de recompensa é um setor do cérebro relacionado ao vício.
Na visão do pesquisador, portanto, um medicamento que neutralizasse a ação desse gene poderia ser uma forma de tratar a dependência do álcool e do tabaco.
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