A reivindicação dos kaiapós se deve ao não cumprimento de um acordo que a aldeia firmou com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no ano passado. Conforme os índios, o Dnit havia se comprometido a construir até agosto deste ano uma estrada ligando a aldeia à BR-163.
De acordo com a prefeitura de Guarantã do Norte, por volta das 7h desta terça-feira, os índios kaiapós confiscaram as chaves dos maquinários que estão realizando obras na rodovia. Eles reivindicam a presença de representantes do Dnit para devolver as chaves.
O técnico da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Novo Progresso, no Pará, Luis Carlos Sampaio, disse ao G1 que os maquinários se encontram no pátio da Funai do município. “Eles disseram que, se os representantes do Dnit não apareceram em dois dias, vão queimar as pontes de madeira da região. E que se eles não aparecerem em 10 dias, vão queimar todos os maquinários pesados”.
Para chegar à aldeia KBK, os índios kaiapós enfrentam algumas complicações. Na época das chuvas, por exemplo, o único meio de transporte é fluvial. Além disso, a viagem para a tribo pode durar até sete dias.
Outro lado
Ao G1, a assessoria do Dnit afirmou que o diretor geral do órgão, Jorge Fraxe, solicitou à Funai para interceder junto às lideranças indígenas a fim de reunir uma comissão para tratar do assunto em Brasília. O Dnit, segundo a assessoria, aguarda o retorno da Funai.
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