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Quinta - 15 de Setembro de 2011 às 00:29

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O Juiz Gabriel da Silveira Matos, homologou o Plano de Recuperação Judicial do Frigorífico Forteboi localizado em Juína (720 quilometros de Cuiabá). O processo levou apenas quatro meses pra ser concluído, em média são necessários 6 meses. A empresa acumula um passivo de R$9,4 milhões,
O deferimento do pedido de recuperação foi em 02 de maio e a homologação ocorreu no fim de agosto. O plano de pagamentos deve levar até 5 anos para ser finalizado.
Segundo o especialista em recuperação judicial, advogado da empresa, Eduardo Vieira, não houve necessidade de assembléia e os pequenos credores e os pecuaristas devem ser priorizados no plano. "A maior parte do passivo era originário de instituições financeiras, e foi devidamente negociado", revelou.

De acordo com texto da homologação não houve objeções ao plano de recuperação, apresentado aos credores. "O plano foi amplamente negociado junto aos credores, o que permite agora a empresa manter sua atividade e ainda pagar suas dívidas, e futuramente investir mais no setor", afirmou Vieira.
Para o proprietário do Frigorifico, Helcio Nalesso, a recuperação judicial foi fundamental para continuidade da atividade do frigorífico no mercado. "Se eu não tivesse optado por fazer a recuperação eu ia acabar com meu patrimônio e não salvaria a empresa. Mas o tratamento que o poder judiciário nos proporcionou dar aos credores foi surpreendente", revelou.

O empresário destacou que ao tratar todos os credores de forma igual, no caso dele pecuaristas e Instituições financeiras trouxe um equilibrio e tranquilidade para sua manunteção no mercado. "Sem recuperação o banco levaria tudo que entrasse, e o resto dos credores teriam que esperar. Mas o tratamento igual faz a diferença pra gente se manter na atividade", disse.

A Forteboi existe desde 1999, a primeira empresa começou em Rondonópolis, em 2005 foi transferida para Juína, já em 2009 decidiu instalar uma indústria de transformação em Sinop com o objetivo de reduzir seus custos com logística. Atualmente gera mais de 150 empregos diretos em todas as unidades, abate cerca de 4 mil cabeças mês, mas tem capacidade para 6 mil, considerada uma empresa de médio porte. Na cidade boa parte da economia local, e adjacências, dependem da pecuária. O funcionamento regular da empresa ajuda no fomento da economia local, gera impostos municipais e estaduais e postos de trabalho indiretos.
 
 





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