Funcionários da Honda em Sumaré encerram greve

Os funcionários da unidade da Honda em Sumaré (118 km de São Paulo) voltaram a trabalhar na tarde desta quarta-feira depois de paralisarem as atividades da fábrica por um dia.

Os trabalhadores dos dois turnos de produção aprovaram à tarde a mesma proposta de reajuste salarial que haviam rejeitado no dia anterior.

A montadora ofereceu 11% e aumento no piso salarial para R$ 1.600. O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região reivindicava reajuste de 17,45%.

Já os funcionários das unidades da Mercedes e da Benteler Automotiva, instaladas em Campinas, mantêm a greve iniciada na segunda-feira (12).

A Mercedes apresentou proposta de 10% de reajuste salarial e a Benteler, de 8,3%.

Segundo um dos dirigentes do sindicato dos trabalhadores, Ezequiel Mariano, ao utilizar como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), as empresas ignoram outros fatores para o aumento.

"Nossa proposta é justificada, seja pelo problema da inflação e do custo de vida no Estado, ou pelo aumento de produtividade", afirmou Mariano.

A Mercedes informou que a paralisação não é total na unidade, que tem ao todo 780 funcionários. A empresa disse que irá apresentar uma nova proposta.

A unidade da Benteler em Campinas tem cerca de 900 dos 1.200 funcionários parados.

Os metalúrgicos da General Motors, em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo), chegaram a paralisar as atividades por 24 horas no dia 6 deste mês, após rejeitarem a proposta de 9,4% de reajuste. Na segunda (12), um aumento para 10,8% e ampliação de cláusulas sociais foram aprovados em assembleia.

Na unidade da Samsung em Campinas, os trabalhadores também decidiram interromper a produção e o setor administrativo por tempo indeterminado.

Em assembleia na tarde desta quarta-feira (14), funcionários de dois turnos rejeitaram a proposta de 8,5% apresentada pela empresa.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, a Samsung mantém cerca de 3.400 trabalhadores. Uma nova assembleia será realizada à meia-noite para funcionários do terceiro turno.