Na nota, os índios ameaçam atear fogo nas pontes de madeira que existem na rodovia para interromper o tráfego de veículos. “Se dentro de três dias não tivermos algo de concreto via Dnit, vamos queimar todos os equipamentos das empreiteiras que estão fazendo o asfalto”, diz um trecho do documento. Na terça-feira, os índios tinham dado um prazo de 10 dias para que as reivindicações fossem atendidas.
O manifesto dos índios da etnia Kaiapó acontece em um trecho que passa por obras de asfaltamento entre os municípios de Guarantã do Norte, a 721 quilômetros de Cuiabá, e Castelo do Sonho, no Pará. Por volta das 7h desta terça-feira (13), os índios confiscaram as chaves das máquinas das empreiteiras que atuam na estrada e desde então aguardam a presença de representantes do Dnit.
Além da construção de uma estrada que ligue a BR-163 à tribo KBK, os indígenas reivindicam a construção de uma Casa de Saúde Indígena. Na carta, os indígenas reclamam que estão sendo desprezados.
Até o momento as máquinas das empreiteiras permanecem no pátio da Funai em Novo Progresso, no Pará, e as chaves em poder dos índios.
Outro lado
Ao G1, a assessoria do Dnit afirmou que o diretor geral do órgão, Jorge Fraxe, solicitou à Funai para interceder junto às lideranças indígenas a fim de reunir uma comissão para tratar do assunto em Brasília.
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