As irmãs Kátia Sousa e Juliana Flausina, que não se conheciam, começaram a trabalhar juntas em uma loja de sapatos. Na época, um amigo em comum resolveu investigar a semelhança física. Segundo ele, as duas eram frequentemente confundidas. Juliana disse que, depois disso, começou a se interessar pelo assunto. “Foi quando eu procurei a Kátia, fomos saber da data de nascimento, da história e, então, concluímos que poderíamos, sim, ser irmãs”, conta a vendedora.
Na maternidade, no lugar de Kátia, a secretária Maria Flausina, mãe biológica da jovem, recebeu Lucilene Flausina. Ela conta que na maternidade já desconfiava que o bebê tinha sido trocado. “No dia do nascimento, eles trouxeram ela para mamar e eu reclamei dizendo que aquela menina não era minha porque ela nem tinha a pulseira com o meu nome. A enfermeira colocou a pulseira e disse que estava tudo resolvido.”
Lucilene lamenta por não ter tido convivência com a mãe biológica. “Por um erro humano nós fomos privados de ter convivido com a mãe. Cortaram uma ligação que poderia ter sido muito bonita.”
Há três anos foi feito o exame de DNA que comprovou o parentesco das duas moças. O valor da multa a ser paga pela maternidade deverá ser de R$ 40 mil mais correções monetárias contadas desde 1985, ano em que nasceram as jovens. O julgamento foi em favor de Maria Flausina de Sousa, a mãe das jovens, que entrou na Justiça em 2009 pedindo indenização por danos morais. Ela alegou no processo que conviveu com a desconfiança do marido. O casal se separou e o marido morreu antes de descobrir a verdadeira história.
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