O "Novo Cangaço" é em alusão aos bandos de cangaceiros que aterrorizavam as cidades do interior do país no século passado. Segundo o novo superintendente, o trabalho vem sendo realizado em conjunto pela PF de vários estados e, em Mato Grosso, as investigações vão contar com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp) e do Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). "Já tenho certa experiência nas ações contra esse tipo de crime porque em Tocantins, onde residia, enfrentava esses mesmos problemas", pontuou. Ele substitui o ex-superintendente regional, Walmir Lemos Oliveira.
Martinez disse acreditar que os crimes estão sendo mapeados e, com isso, os grupos especializados em roubo a bancos serão desarticulados. "Acredito que nos próximos meses iremos conseguir junto com algumas instituições do estado chegar até os líderes dessas organizações criminosas", afirmou, ao enfatizar que esses criminosos atuam no país inteiro e que, por isso, é preciso haver um esforço conjunto dos órgãos de segurança.
Recentemente, o Gaeco prendeu sete integrantes de uma quadrilha que assaltou três bancos no estado neste ano ao estilo "Novo Cangaço", em que chegam nas agências em qualquer horário, fazem funcionários e clientes reféns e fogem usando pessoas como escudo humano. Conforme foi divulgado pela polícia, os assaltantes vieram de outros estados, como São Paulo e Maranhão.
Nesta segunda-feira (12), duas agências bancárias de Tapurah, a 414 quilômetros da capital, foram invadidas por assaltantes em ações simultâneas. No período da tarde, oito homens fortemente armados com fuzis entraram nas agências, que ficam uma ao lado da outra, efetuaram o roubo e levaram alguns reféns, que foram soltos no trajeto durante a fuga. Até o fechamento desta reportagem, a polícia informou que todos os suspeitoscontinuam foragidos. Ao todo, 25 bancos já foram assaltados no estado neste ano.
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