William vai comandar PT; Brunetto ainda articula para suceder Ságuas

A eleição do ex-superintendente do Incra, William Sampaio, à presidência da executiva estadual do PT está praticamente selada, apesar do deputado estadual Ademir Brunetto tentar articular candidatura. A definição do sucessor de Ságuas Moraes, que pretende retornar à secretaria estadual de Educação, está marcada para o próximo sábado (24), durante à tarde, em local ainda a ser definido.

Aliado do ex-deputado Carlos Abicalil, Ságuas admite a disposição de William de presidir o partido diante do recuo do primeiro suplente da legenda na Assembleia, Alexandre César. Todos são do chamado campo majoritário do PT, que desde a eleição do ano passado trava uma disputa interna com o grupo da ex-senadora Serys Marli. A briga acabou levando Abicalil à derrota na disputa ao Senado. Serys ficou sem a cadeira na Câmara Federal.

Único representante do partido com mandato, Brunetto quer construir um projeto de consenso. Reeleito ao segundo mandato consecutivo em 2010, ele tem base eleitoral em Alta Floresta. “Só não vou disputar se isto virar um campo de batalha. Quero ser o candidato da unidade, o partido não pode ser mais vítima de disputas”, defende.

Ele ressalta que, por ter mandato, pode contribuir para o fortalecimento das candidaturas às eleições municipais em 2012. Também lembra que nunca tomou partido nas disputas internas. “Nunca estive em nenhum dos lados, sempre respeitei todos os grupos e entendo que é o momento de deixarmos as divergências para trás”, avalia.

Apesar da disposição, o deputado só vai começar a articular a candidatura a partir desta segunda (19), quando retorna à Capital após uma maratona de viagens pelo Estado, a uma semana da eleição. Enquanto isto, a candidatura de William já ganhou corpo com o apoio de Ságuas, primeiro suplente de deputado federal que chegou a ser declarado eleito, legislou por mais de seis meses, e depois perdeu a vaga para o tucano Nilson Leitão devido ao novo entendimento do STF sobre a lei da ficha suja. Sem mandato, ele pretende retornar à Educação, sob o comando da aliada Rosa Neide.