Com aparelho de ultra-som parado, pacientes ficam sem fazer exames
O vereador de Torixoréu (550 km de Cuiabá), Vanney Neves (PC do B) acionou o Ministério Público Estadual (MPE) denunciando que o aparelho de ultra-sonografia da prefeitura municipal está parado sem utilização há cinco anos e pacientes da cidade de 4 mil habitantes precisam se deslocar a Barra do Garças para fazer exames de ultra-som. O aparelho foi adquirido em 2006, porém só funcionou uma vez quando houve um mutirão de saúde organizado pela ong Amazonas Visão.
O prefeito de Torixoréu, Máximo Barriga (PSB), explicou que o aparelho não está sendo utilizado porque a demanda de pacientes que precisam de ultra-sonografia é pequena e é encaminhada para Barra do Garças através do consórcio regional de Saúde. Barriga alega que fica caro contratar um médico ultrassonografista e que a prefeitura não pode pagar um curso para os médicos do município porque são contratados. “Se algum contratado quiser fazer o curso por conta própria, a prefeitura compra o serviço dele depois”, completou.
A secretária de Saúde, Luzia Bento, informou que em média Torixoréu tem de 10 a 15 mulheres gestantes por mês que precisam de ultra-som e essa demanda seria pequena. Segundo ela, um ultrassonografista cobraria R$ 4 mil para vir uma vez por semana que daria R$ 16 mil por mês.
O vereador discorda das alegações do prefeito e secretária de Saúde e mantém sua opinião de que o povo de Torixoréu sofre em ter de se deslocar a cidade de Barra do Garças pagando, segundo ele, muitas das vezes metade do exame e até mesmo passagem. Por isso ele procurou o MPE e o promotor Marcos Brant já pediu explicações ao prefeito.
O curso para habilitar um dos médicos contratados custa R$ 5.700,00 cujo valor o vereador entende que seria irrisório diante dos benefícios que traria para população de Torixoréu.
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