Empresário foi morto com três tiros de revólver; matador é considerado foragido pela Polícia
Segurança vai ser indiciado por homicídio qualificado

Após quase três meses de investigações, está em fase de conclusão o inquérito que apura o assassinato do empresário Adriano Henrique Maryssael de Campos, morto aos 73 anos, pelo segurança Alexsandro Abílio de Moraes, 23.

A execução foi no dia 21 de junho, dentro da agência do Banco Itaú, da Avenida Carmindo de Campos, na região do Coxipó, em Cuiabá.

O titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antônio Carlos Garcia, disse ao MidiaNews que o inquérito deve ser encaminhado ao Ministério Público Estadual nos próximos dias. Garcia acredita que o acusado deverá ser representado como autor de homicídio qualificado, devido à forma como matou Adriano.

"No meu entendimento, o crime deve ser encarado como homicídio qualificado, uma vez que o autor dos tiros se beneficiou da situação para cometer o crime. A vítima não teve nenhuma oportunidade de defesa", disse.

O delegado Antônio Esperândio, responsável pelas investigações, foi ríspido com a reportagem, quando indagado sobre o andamento do inquérito e previsão de finalização das investigações. Esperândio negou todas as informações que foram solicitas.

Execução no Itaú

O empresário Adriano Maryssael foi atingido com três tiros à queima-roupa, quando deixava a agência bancária, após fazer os serviços bancários que já eram de sua rotina de trabalho.

Ele foi abordado pelo segurança quando estava dentro da porta giratória. Sem nenhuma chance de defesa, o empresário morreu logo depois ser alvejado pelos tiros.

Assim que atirou contra Adriano, o segurança roubou uma moto na frente da agência e conseguiu fugir. Ele permaneceu escondido por cinco dias. A intenção do segurança era fugir do flagrante e evitar a prisão, fato que aconteceu.

Alexsandro prestou depoimento no dia 27 de junho e saiu pela porta da frente da DHPP. Fugindo do flagrante, o assassino confesso conseguiu se livrar da cadeia. 

Foragido

O pedido de prisão foi decretado no início do mês de agosto, pela 12ª Vara Crimina da Capital. Um ofício foi encaminhado para a Delegacia de Vigilância e Capturas (Decap) relatando que Alexsandro deveria ser preso.

As buscas ao assassino do empresário foram inúteis. Segundo a Polícia Civil, o segurança é considerado foragido. As diligências feitas pela Decap, no endereço informado por Alexsandro, deram em nada. Os novos moradores da residência disseram aos policiais que não sabem do paradeiro do segurança.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou ao MidiaNews que Alexandro tem um mandado de prisão em aberto, no sistema usado pela Polícia.

Ele terá seu nome incluso em listas de buscas e, caso seja parado em alguma blitz, de qualquer lugar do Brasil, o sistema mostrará que ele é procurado pela Polícia de Mato Grosso.