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Cidades
Quinta - 22 de Setembro de 2011 às 23:12
Por: Dhiego Maia

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Servidores do Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande, cidade localizada na região metropolitana de Cuiabá, estão há dois meses com salários atrasados. Ao todo, são aproximadamente 150 servidores, entre técnicos, enfermeiros e médicos. Nesta quarta-feira (21), os servidores chegaram a fazer uma mobilização na unidade para reivindicar dos gestores a resolução do problema.

Segundo informações do diretor clínico do pronto-socorro, Glen Arruda, a Prefeitura de Várzea Grande não repassou um montante de R$ 8 milhões referentes a 16 meses de repasses e, por isso, os salários atrasaram. ""Fizemos mobilização para mostrar a condições de funcionamento [do pronto-socorro]. Queremos trabalhar, mas não temos condições"", explicou ao G1.

Além da falta de pagamento, os servidores reclamam que estão sem medicamentos e equipamentos para o trabalho diário. ""Os funcionários estão desanimados. Isso gera um caos, um colapso na saúde"", resumiu Arruda.

""Falta maca, carro de anestesia. Não tem medicação e aparelhagem cirúrgica. Estamos com duas salas prontas, mas sem aparelhos"", contou o funcionário do setor administrativo da unidade, Eduardo Zounar.

O secretário estadual de Saúde, Pedro Henry, adiantou que a unidade deverá aumentar a quantidade de cirurgias realizadas para não perder os repasses do estado. “Eu não vou continuar repassando recursos para uma unidade que não produz para o estado e nem para a sociedade”, avaliou.

Outro lado
Em entrevista ao G1, o secretário de Saúde de Várzea Grande, Fábio Saad, reconheceu os problemas estruturais que o pronto-socorro enfrenta. Em relação aos atrasos salariais, o secretário declarou que os profissionais estão há mais de um mês com salários atrasados, já que foram feitos repasses no dia 19 de agosto para os técnicos, e no dia 16 de setembro para os médicos. Ambos os repasses seriam referentes à folha salarial do mês de julho, segundo Saad.

Quanto ao atraso do montante mensal que é repassado pela prefeitura à unidade, o secretário informou que a administração municipal está com três meses em atraso e o valor já chegou à casa de R$ 3,6 milhões e não R$ 8 milhões apontados pelos profissionais da saúde.

Saad reconheceu demora na operacionalização do centro cirúrgico. Segundo ele, a prefeitura não repassou os R$ 300 mil necessários para a compra dos equipamentos do local. Mesmo reformadas, as duas salas do centro cirúrgico não poderão funcionar até que os equipamentos sejam adquiridos.
 





Fonte: Do G1 MT

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