No comunicado, a ECT afirma que, como o movimento grevista é parcial - participam 19% dos trabalhadores -, a paralisação sobrecarrega o trabalho de quem está na ativa e prejudica o serviço oferecido à população, além de pesar no bolso de quem cruzou os braços, já que os grevistas perdem os dias parados.
A ECT informou que "realizará mutirões e pagará, em folha suplementar na 1ª quinzena de outubro, as horas extras a todos os trabalhadores envolvidos, além dos efeitos do acordo, caso haja entendimento entre as partes".
Ainda segundo a nota, os Correios se dispõem a negociar e pedem aos sindicalistas que apresentem uma proposta dentro do limite orçamentário disponível para fazer reajustes.
"A contraproposta que a [Federações Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares] Fentect está levando para aprovação nas assembleias é praticamente a mesma apresentada no início das negociações".
Contraproposta dos grevistas
Na tarde desta quinta, os servidores em greve aprovaram uma contraproposta com reinvidicações que devem ser apresentadas à ECT nesta sexta-feira (23), disse José Gonçalves de Almeida, o Jacó, membro do comando de negogiação da Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentec).
A contraproposta foi elaborada após a federação entender que somente a greve não estava gerando nenhum avanço nas negociações.
A categoria reivindica piso de R$ 1.635 – atualmente, o valor está em R$ 807 – mais reposição da inflação de 7,16% e reposição das perdas salariais de 24,76%, de 1994 à 2010.
Entre as mudanças da nova proposta, está a redução de R$ 400 para R$ 200 do aumento linear, e de R$ 30 para R$ 28 o valor do vale-alimentação.
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