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Política
Sexta - 23 de Setembro de 2011 às 08:17
Por: Patrícia Sanches

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Patrícia Sanches
Pedro Nadaf assina contrato com a estatal EPE e com a YFPB para retomada do abastecimento de gás natural
Pedro Nadaf assina contrato com a estatal EPE e com a YFPB para retomada do abastecimento de gás natural

Após praticamente 4 anos de negociação, enfim, Mato Grosso assegura de vez a regularização do fornecimento de gás natural e, de quebra, vai gerar 480 megawatts por meio da retomada do funcionamento da Usina Termelétrica Governador Mário Covas, da Empresa Pantanal Energia (EPE), que foi arrendada pela Petrobrás. Os contratos foram assinados no último dia 13, entre o Mato Grosso, a EPE, estatal,  e a Yacimientos Fiscales Petroliferos Bolivianos (YFPB). A retomada acontece na terça (27), durante um ato solene com a presença do governador Silval Barbosa (PMDB). “Vamos gerar energia, emprego, manter o fornecimento de gás, além do recolhimento de impostos”, frisa o secretário estadual de Indústria e Comércio Pedro Nadaf.

Apesar disso, a EPE já está em “stand by”, podendo ser acionada a qualquer momento pela Petrobrás para produzir energia. Para tanto, a estatal se comprometeu em remanejar 2,2 milhões de metros cúbicos/dia para a unidade mato-grossense. Hoje esse gás integra o “bolo” de 300 milhões de metros cúbicos/dia, que saem da Rio Grande, na Bolívia, rumo a Corumbá, de onde é distribuído para o país. Já o gás do Estado sai de São José de Chiquito, Bolívia, passando por Cáceres, até chegar em Cuiabá.


Planta baixa mostra como está a Usina Termelétrica Governador Mário Covas, da Empresa Pantanal 

A inviabilidade da manutenção da usina, sem o apoio da Petrobrás, acontece porque hoje a MT Gás paga R$ 30 mil para a EPE, que transporta 20 mil metros cúbicos/dia de gás, chegando a 1,5 milhão por mês. Ocorre, que a empresa gasta R$ 500 mil dólares para manter a usina em funcionamento, tornando o empreendimento inviável. “É como transportar uma caixinha dentro de uma carreta”, explica Nadaf.

De todo modo, o Paiaguás depende da estrutura da usina para atender o mercado estadual, em especial as indústrias. Exatamente, por isso, se empenhou tanto em resolver a “pendenga” internacional. Conforme Nadaf, são vendidos cerca de 800 mil metros cúbicos. Ele ressalta que algumas empresas só funcionam com a utilização do gás natural, como é o caso das que fabricam cerâmica.

Apesar dos rumores de que os bolivianos estariam insatisfeitos com os preços pagos pela EPE, o diretor-presidente Fábio Gárcia, explica que na verdade o país hoje não tem mais gás para exportar, exatamente, por isso, a parceria com a Petrobrás foi fundamental.

    Potência

A usina tem capacidade para produzir 480 megawatts, que equivalem a 25% da produção energética do Estado e 60% do consumo. A produção será comercializada por meio do sistema nacional de energia.“É como se juntássemos 5 usinas do manso”, frisa Nadaf. Ela tem capacidade para 2 milhões de metros cúbicos gás/dia, podendo chegar a 8 milhões, se necessário. Em meio a retomada, o Estado inicia os estudos para a construção de uma nova usina. “Estamos vislumbrando como será o cenário daqui a 20 anos”, ressalta o secretário.





Fonte: RS News

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