Por cinco meses, os trabalhadores viviam na fazenda em barracas de lona e não tinha acesso a banheiros. As necessidades fisiológicas eram feitas no mato. Segundo o MPT, as treze pessoas, sendo duas mulheres, dormiam em camas com colchões velhos e sujos, chegando a comer até comida estragada. Uma parte dos trabalhadores era encarregada de fazer cercas na fazenda e a outra, tinha como dever colocar veneno em cupis e plantação de babaçu.
Um dos trabalhadores resgatados, Juscelino Nascimento, afirma que nenhum deles usava equipamentos de segurança. ""Só deram a botina e um chapéu de palha. O veneno derramava nas costas porque a bombinha era manual. Muito perigoso. Direto a gente tinha dor de cabeça"", relatou.
O MPT chegou ao local por meio de denúncia dos próprios trabalhadores. Alguns deles não tinham carteira de trabalho assinada. O grupo inteiro morava no local e só saia para receber o salário uma vez por mês.
Além de serem totalmente expostos à doenças e outros perigos, não tinham auxílio médico ou qualquer benefício. Eles disseram que aceitaram o emprego no local por necessidade financeira.
Segundo o auditor fiscal Gerson Antônio Delgado, eles aguardam a finalização do processo. ""Será lavrado diversos autos de infração e correrá também no MPT um Termo de Ajuste de Conduta ou uma Ação Civil Pública"", detalhou.
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