Até 2015, ferrovia que liga Cuiabá a Rondonópolis deve ficar pronta
As primeiras reuniões para elaboração do estudo para a construção da Ferrovia que ligará Cuiabá a Rondonópolis, já apontaram que o projeto deve ficar pronto até 2015. A construção da ferrovia faz parte de um projeto para a criação de uma malha viária que interligue o centro-oeste, que dará acesso a países vizinhos e a Ferrovia Norte-Sul.
O estudo no geral deve ficar pronto até 2012, três anos antes do período de implantação na capital mato-grossense. As medidas e acertos foram divulgados no Palácio Paiaguás, aonde o secretário-extraordinário de Logística e Transporte Intermodal, Francisco Vuolo destacou que a construção da rodovia é essencial para dar a continuidade às obras da malha viária em Mato Grosso.
“Em outubro deste ano o Terminal de Intermodal de Itiquira começa a operar e no segundo semestre de 2012 a ferrovia chega a Rondonópolis. Até lá, é importante criarmos instrumentos para dar continuidade a esse processo (execução do trecho Rondonópolis –Cuiabá)”.
O superintendente de serviços de transporte de cargas da Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT), Noburu Ofugi, explicou que a partir de agora, especialistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começam os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental; o estudo e o relatório de impacto ambiental da obra (EIA-RIMA); bem como o projeto básico da ferrovia.
Ofugi ressalta que e demanda para transporte de passageiros também será estudado durante a elaboração do projeto relativo à Ferrovia “Senador Vicente Vuolo”. Além disso, a equipe também deverá realizar o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental da ferrovia no trecho Cuiabá-Santarém.
O engenheiro civil e professor Luiz Miguel de Miranda, do Núcleo de Estudos de Logística e Transporte (Nelt), da UFMT, faz parte da equipe que vai elaborar o projeto da ferrovia Rondonópolis-Cuiabá. Segundo ele, desde 1996 são realizadas pesquisas sobre esse trecho. Até o momento, o núcleo possui o georreferenciamento de uma linha, mas outras duas serão estudadas.
Miranda explica que o núcleo já realiza estudos de contagem do tráfego de veículos de carga entre Rondonópolis e Cuiabá. A partir de uma pesquisa como essa é possível saber quanto dessa carga poderá migrar para a ferrovia. Análise semelhante já foi realizada com passageiros que utilizam o trecho, mas agora é preciso descobrir por meio de pesquisa se esse público utilizaria o trem, completa o pesquisador.
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