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Política
Domingo - 25 de Setembro de 2011 às 15:32

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O portal oficial da Câmara na internet levou ao ar uma ata mentirosa. O documento falseia a lista de presença em uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça.

Anota-se no texto que a comissão reuniu-se às 11h53 de quinta-feira "com a presença" de 34 deputados.

Falso. Havia em plenário duas almas: César Colnago (PSDB-ES) e Luiz Couto (PT-PB). Os outros 32 tinham apenas rubricado a lista.

O regimento da Casa exige o mínimo de 31 deputados para que a CCJ possa deliberar.

Os dois presentes tomaram os seus lugares. O tucano Colnago, na presidência; o petista Couto, no plenário.

Conforme noticiou "O Globo", foram aprovados 118 projetos em três minutos.

A ata, porém, omite a duração da sessão. Limita-se a registrar um resumo do que foi "deliberado".

As proposições foram reunidas em quatro blocos.

Em um, passaram 38 novas concessões para a exploração de emissoras de rádio. Em outro, foram renovadas 65 concessões.

Num terceiro, foram aprovados nove projetos de lei. No derradeiro, referendaram-se acordos internacionais.

Cada bloco correspondeu a uma encenação. Dirigindo-se ao ermo de um plenário reduzido à presença de Couto, Colnago dizia: "Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram".

Na primeira fileira, Couto mantinha-se inerte.

E Colnago: "Não havendo quem queira discutir, em votação. Aprovado".

Após três minutos, ele encerrou a sessão. Voltando-se para Couto, que além de deputado é padre, Colnago, que fora auxiliar de sacristia quando menino, fez troça: "Um coroinha com um padre, podia dar o quê?".

Ouvido sobre o teatro, Colnago disse que as matérias eram de consenso e que o regimento da Casa prevê votação simbólica. 






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