A professora da menina Ana Cristina Costa da Silva, de 8 anos, que cursava a 2ª série do Ensino Fundamental na Escola Municipal Francisco Pedroso da Silva, no bairro Altos do Coxipó, em Cuiabá, será intimada pelo delegado Antônio Garcia, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelas investigações, a prestar esclarecimentos sobre a morte da criança ocorrida há duas semanas. O corpo da vítima foi achado na região do Distrito Industrial, na capital, após estar desaparecido há quatro dias.
O delegado informou ao G1 que oito pessoas foram ouvidas até o momento, entre elas, o pai, a mãe e os irmãos da criança. Porém, segundo ele, não houve nenhum fato novo que possa contribuir para que o crime seja desvendado. Por isso, outras pessoas que tinham ligação com a vítima serão convocadas. No caso da professora, por exemplo, Garcia disse que será questionado sobre o comportamento da menina na escola, principalmente nos últimos dias que antecederam a morte.
O laudo pericial ainda será entregue pelo Instituto Médico Legal (IML) e, de acordo com o delegado, pode não colaborar muito com as investigações, já que o corpo da criança estava em estado de decomposição. "Pode ser que não comprove sequer se ela foi abusada sexualmente antes de ser morta", lamentou. A previsão é que o resultado seja concluído nesta semana.
Ao adiantar que o caso vai demandar muita paciência e tempo, Garcia afirma que a partir dos depoimentos colhidos não é possível saber como ela foi levada até o local onde o corpo foi encontrado. Ela considera estranho não ter recebido nenhuma denúncia sobre o assassinato, apesar do fato ter ganhado grande repercussão. "Desde o dia em que ela desapareceu já iniciamos as investigações e só teve uma menina que viu ela saindo com alguém e nada mais", frisou o delegado.
A menina estava sem roupas quando foi encontrado pela polícia no dia 11 deste mês. No entanto, em princípio não foram evidenciados sinais de violência sexual. Em estado avançado de decomposição, o corpo foi reconhecido apenas pela impressão digital. Ana Cristina era a filha mais nova de três irmãos, sendo um de 14 anos e outro de 16.
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