Dos R$ 1.655 desembolsados pelo agricultor mato-grossense para preparar a próxima safra, R$ 1.018 foram consumidos pelo custo operacional, isto é, aquele que envolve todas as etapas necessárias para garantir o preparo e semeadura da oleaginosa – plantio, colheita, insumos.
Comercialização
Apesar da alta no custo de produção da próxima safra, a comercialização do ciclo 2011/12 está adiantada. De acordo com o Imea, até o momento, 48% da próxima safra de soja foram comercializados. Na prática, são dez milhões de toneladas de soja já negociados ou 168 milhões de sacas. O percentual é superior à média negociada na safra 2010/11. No mesmo período Mato Grosso registrava comercialização de 36% da produção, ou 7,4 milhões de toneladas.
O bom preço, aliado ao desempenho da safra e à rentabilidade proporcionada pela cultura, animou o produtor rural. “Em razão do preço do produto foi mais intensa [a comercialização], o que compensou a alta no custo, melhorando a relação de troca”, acrescentou Latorraca.
As projeções para a próxima safra em Mato Grosso indicam crescimento na área destinada ao plantio e na produção. Em 2011/12, o produtor do estado deve reservar à cultura 6,6 milhões de hectares, o que representa alta de 3,4% na comparação com o ano-safra de 2010/11, quando foram destinados 6,4 milhões de hectares. A evolução está baseada na transformação e uso de áreas de pastagens para a oleaginosa.
Já a produção esperada para o estado é de 21 milhões de toneladas, 2,3% maior em relação a 2010/11, quando alcançou 20,5 milhões de toneladas, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Plantio
Em alguns municípios do estado, produtores já iniciaram o plantio da próxima safra de soja, mesmo o volume de chuvas ainda estando abaixo do ideal. Em Sapezal e Campo Novo do Parecis, a 473 quilômetros e 397 quilômetros de Cuiabá, as primeiras áreas já foram ocupadas com a soja. O volume já plantado, no entanto, não representa 1% da área estimada para o próximo no estado.
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