Policiais em MT são treinados para trabalharem com cães farejadores
O 1º curso de adestramento de cães para faro de drogas, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes, vai capacitar 25 policiais para fortalecer o combate ao tráfico de drogas, com auxílio de cães. Serão 11 investigadores da Polícia Civil, um delegado, 3 policiais militares do Grupo Especializado de Fronteira, 5 policiais militares do Comando Regional II, de Várzea Grande e 3 soldados do Exército.
O curso vai durar 20 dias e será ministrado por cinco policiais militares da Companhia de Policiamento com Cães do Estado de Santa Catarina (SC), na 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército.
Aula inaugural gfoi hoje. O comandante da Companhia de Policiamento com Cães, major Claudionir de Souza, falou que este trabalho é realizado em Santa Catarina desde o ano de 1980, quando a Polícia Militar catarinense iniciou a utilização de cães policiais em ações de patrulhamento tático, demonstração canina e para faro de entorpecentes. "O cão facilita a ação policial. Num veículo, em dez minutos, o cão encontra com facilidade o entorpecente escondido ali", destaca o major Souza.
O delegado geral adjunto, Sebastião Finotto, ressaltou o trabalho desenvolvido pela DRE, depois de sua reativação e disse que a experiência bem sucedida em Santa Catarina serve de modelo para outros estados, como Mato Grosso, que precisar ampliar suas ferramentas de enfrentamento ao narcotráfico. "Temos certeza que com essa capacitação, os resultados serão muito melhores", frisou.
Com a experiência de 30 anos no emprego de cães em ações policiais, o Canil Central, instalado no município de São José, a 10 quilômetros de capital Florianópolis (SC), conta com 34 cães das raças Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Labrador, Rottweller e Beagle. A unidade é referência no Brasil e atua na assessoria técnica para instalação de canis, capacitação de policiais e adestramento de animais.
Foi nessa experiência e no sucesso alcançado, que a Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, se inspirou quando iniciou em 2009, o trabalho com cães de faro. "Esse curso é por conta da necessidade que temos de formar policiais e aperfeiçoar as técnicas adotadas com os cães", explica a delegada Cleibe Aparecida de Paula.
"É um complemento fenomenal no policiamento", complementou o comandante do Comando Regional II, Perry Taborelli, durante a aula inaugural.
Mais que cães preparados é preciso também que o policial seja treinado para lidar com o cachorro. "O emprego de cães farejadores funciona, mas não basta que o cão seja treinado. O ponto-chave é o condutor que precisa entender o sinal que o cão passa", defendeu a delegada Elaine Fernandes.
Em outubro de 2009, a Delegacia Especializada inaugurou o canil instalado nas dependências da Unidade, que atualmente conta com quatro cães da raça Labrador treinados. Os animais têm se desdobrado para atender as demandas da Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Grupo Especial de Fronteira (Gefron), nas abordagens e buscas por drogas em residências, veículos, terrenos, rodovias, entre outros locais que necessitam do faro animal.
No curso, os instrutores utilizarão os cães da DRE e, sendo necessário, dois das raças Pastor Alemão e Labrador (um macho e outra fêmea), da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro.
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