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Economia
Terça - 27 de Setembro de 2011 às 03:12

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O Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (26) que o Brasil tem sido o grande protagonista na geração de empregos entre os países do G20 (economias desenvolvidas e emergentes; grupo que se reúne anualmente desde 1999).

A declaração do ministro foi feita após divulgação de relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e da OCDE (Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que afirma que nos próximos cinco anos serão necessários gerar 110 milhões de novos postos de trabalho para enfrentar a atual crise.

Segundo o relatório, desde o início da crise financeira internacional, em 2008, mais de 20 milhões de empregos foram perdidos.

Joel Silva-17.fev.2011/Folhapress
Lupi disse que Brasil gera 10% dos empregos para combater crise; no ínicio do mês o ministro reduziu a meta de geração no país
Lupi disse que Brasil gera 10% de empregos contra crise

"Por estes números, já adianto que o Brasil hoje é responsável por 10% deste total, visto que este ano serão gerados mais de 2,5 milhões de empregos formais. Isso mostra o protagonismo do Brasil perante o mundo" afirmou Lupi em Paris, onde participa da reunião de Ministros da Área Social do G-20.

Para o ministro, as medidas que o governo vem tomando preparam o país para enfrentar turbulências internacionais e evitar que o mercado interno seja atingido.

"Nossa maior preciosidade é o nosso mercado interno, que é enorme e não para de consumir. Precisamos mantê-lo aquecido e, para isso, todas as medidas estão sendo tomadas", afirmou.

Lupi também reagiu ao discurso dos representantes patronais no encontro, que disseram ser fundamental a flexibilização de Leis Trabalhistas em todo mundo para aumentar o lucro das empresas e ajudá-las a sair da crise.

"É engraçado porque quando os lucros estão exorbitantes, ninguém fala em dividir com os trabalhadores. Agora que o mundo está em crise, os representantes do patronato acham que quem tem que pagar a conta é o trabalhador."

Segundo o estudo, apesar de o índice de desemprego ter caído na maioria dos países do G20, o declínio foi moderado. Em alguns países, como Brasil, Alemanha e Indonésia, os empregos têm crescido fortemente. Em outros, como Argentina, Austrália e Rússia, a abertura de vagas é muito pequena ou inexistente. E um terceiro grupo, que engloba África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, além dos países da União Europeia, convivem com altos índices de desemprego.

REVISÃO

A meta de geração de 3 milhões de novos empregos em 2011 não será cumprida, disse Lupi no dia 9 deste mês. Segundo ele, o país deve gerar entre 2,7 milhões e 2,9 milhões de postos de trabalho.

Lupi explicou que a geração mensal de vagas está num ritmo menor agora por conta de uma desaceleração da economia e da forte entrada de produtos importados, que está prejudicando as contratações na indústria. 






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