De acordo com Nadaf, mesmo como o aumento, o gás ainda é mais competitivo se comparado aos demais combustíveis. “Um carro que abastece com álcool percorrendo 8 km deverá gastar R$ 2 , o equivalente a R$ 0,25 por quilômetro rodado. Com o uso do gás natural, gastando R$ 1,69 irá percorrer 12 km, sendo R$ 0,14 por quilômetro rodado", argumentou.
O empresário Paulo Emboava, dono do primeiro posto que passou a revender gás em Cuiabá, enfatizou que o preço de R$ 1,69 o metro cúbico é viável para o proprietário do posto, continuando compensatório para o consumidor em relação aos outros combustíveis. “Com um preço menor cobrado nas bombas ficaria inviável para o empresário continuar revendo o produto”.
Emboava relaciona o reajuste do metro cúbico do gás aos prejuízos somados quando houve o desabastecimento do produto em Mato Grosso, quando a Bolívia suspendeu o fornecimento do combustível. De acordo com ele, as empresas que investiram no atividade não conseguiram obter lucro com a comercialização do gás. “Os prejuízos são incalculáveis devido à instabilidade no fornecimento do produto para o estado”. Ele ressaltou que há dois anos deixou de oferecer o produto em seu estabelecimento. “Uma peça quebrou e o investimento não compensava o lucro que estávamos tendo”.
O empresário apontou que seriam necessários mais de quatro anos para os empresários recuperarem o valor investido com os equipamentos para abastecimento de gás natural. Emboava reclama que os custos para manutenção dos equipamentos são caríssimos. “Somente com mão de obra, desembolso R$ 3,5 mil por mês, fora as peças que precisam ser trocadas”. Com a retomada da Usina Termelétrica de Cuiabá, ele revela que deve voltar a comercializar o gás veicular.
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