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Cidades
Quarta - 28 de Setembro de 2011 às 14:46
Por: ISA SOUSA

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Marcos Bergamasco/Secom-MT
Usuários do MT Saúde consideram vexame a rejeição do plano em clínicas e hospitais do Estado
Usuários do MT Saúde consideram vexame a rejeição do plano em clínicas e hospitais do Estado

Usuários do plano de saúde do Governo do Estado, o MT Saúde, denunciaram ao MidiaNews que têm encontrado dificuldades para marcar consultas ou realizar exames, desde a última semana. No Estado, são aproximadamente 54 mil usuários e, destes, 17 mil são titulares.

Conforme um funcionário público, lotado em Cuiabá e que não quis ter o nome revelado temendo represálias, sua noiva está grávida e não consegue marcar consultas de rotina para fazer exames de pré-natal.

"Eles não estão aceitando os cartões do MT Saúde porque, segundo os hospitais, o plano rompeu o contrato com a empresa que detém o programa. Após a tentativa da consulta, ligamos no MT Saúde, que informou não ter previsão para resolver o problema", disse o servidor.

O fato repercutiu entre os funcionários públicos e, ontem (27), o Fórum Sindical, composto por diversas categorias, tentou, junto ao MT Saúde, uma resposta aos problemas relatados pelos usuários do plano.

De acordo com um dos participantes, do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep), Orlando Ferreira, o MT Saúde informou que, em função da determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o plano encerrou contrato com a Connectmed, prestadora de serviços de administração. E, em caráter de emergência, contratou outra operadora, que ainda não havia se "adaptado" ao atendimento.

Porém, nas clínicas e hospitais que os conveniados têm buscado, a informação é a de que não houve pagamento por parte do MT Saúde e, portanto, o atendimento estava cancelado.

"Ainda que tenha havido a troca de operadora, não se justifica a falta de atendimento e nem mesmo o rompimento de contrato com os hospitais, segundo os mesmos. Atualmente, o MT Saúde é custeado em 70% pelos servidores. Então, falta de pagamento não pode ter sido", afirmou Orlando Ferreira.

Para o sindicalista, além de prejudicar servidores que possam precisar dos serviços de saúde, o ato é considerado vexatório e, até mesmo, discriminatório para o usuário.

"Por isso mesmo, solicitamos ao MT Saúde que entre em contato com todas as unidades hospitalares e informe que não há atrasos nos pagamentos. O usuário tem passado vergonha. Caso o problema não seja solucionado, vamos buscar o governador Silval Barbosa, que tem de dar seu posicionamento sobre o caso", completou o sindicalista.

Segundo Orlando, o MT Saúde disse que informaria o problema aos hospitais ainda nesta quarta-feira (28). Amanhã (29), o Fórum Sindical entrará em contato com os usuários, por meio dos respectivos sindicatos, para saber se os atendimentos estão sendo realizados.

Outro lado

Por meio da assessoria, o MT Saúde afirmou que, devido àeterminação do TCE para cancelar contrato com a prestadora de serviço Connectmed, as novas empresas, Open Saúde Ltda. e Saúde Samaritano Administradora de Benefícios Ltda. ainda estão "em fase de adaptação ao sistema".

A determinação do TCE parte do princípio de que a administração pública não pode custear planos de Saúde para servidores públicos, ainda que parcialmente.

Conforme o MT Saúde, o papel da nova empresa será o de desvincular de forma total o plano do Governo do Estado. A expectativa é de que, até o final do próximo ano, a desvinculação tenha sido feita, segundo a assessoria.

O contrato, realizado de forma emergencial com as empresas, é de 180 dias, porém a assessoria do MT Saúde afirmou que o mesmo pode ser renovado.

Quanto aos problemas encontrados pelos usuários, o MT Saúde informou que os mesmos estarão resolvidos até sexta-feira (30).

Na segunda-feira, outra empresa assumiu e teve troca de sistema. O órgão reconheceu que está havendo transtorno para confirmar a consulta e ter autorização em alguns procedimentos. A promessa é de que, até sexta-feira (30), a situação esteja normalizada.






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