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Política
Quarta - 28 de Setembro de 2011 às 16:05
Por: Débora Siqueira

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A Tribuna
Expectativa da população era de medidas imediatas para reduzir crimininalidade
Expectativa da população era de medidas imediatas para reduzir crimininalidade

Durante audiência pública sobre criminalidade em Rondonópolis, o secretário estadual de Segurança Pública, Diógenes Curado, não trouxe nenhuma proposta imediata para reduzir a criminalidade em Rondonópolis. Todas as medidas que o Estado possui que possam impactar na onda de violência são a médio e longo prazo. Muitos se disseram decepcionados com o fato. Houve muita murmuração de que a audiência pública não serviu para nada.

Como soluções foram apresentadas a nomeação de 370 investigadores e escrivães até o final do ano para aumento do efetivo de policiais civis e dos 30 policiais militares que já foram incorporados as fileiras da Polícia Militar no município. Em janeiro, novos delegados devem reforçar a segurança cidade e outros concursos devem ser realizados para as duas instituições elevando o quadro de servidores até 2014.

Curado anunciou, durante a audiência pública para discutir a violência na cidade, ontem, na Câmara de Vereadores, a construção de Centro de Comando e Controle em todos os pólos de Mato Grosso, incluindo de Rondonópolis. O local funcionará como o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciosp) integrando polícias civil, militar e Corpo de Bombeiros. No prédio também será acomodada uma equipe de inteligência policial na prevenção da criminalidade. Ontem à tarde, o secretário visitou um imóvel para ser alugado e abrigar o centro.

Ainda será implantado em Rondonópolis o Plano de Prevenção de Combate a Roubo em Banco, por meio do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). O secretário ainda comentou que o GGI local pode acessar R$ 31 milhões em recursos na Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para aquisição de novas câmeras de monitoramento no centro da cidade. Hoje há 26, mas alguns equipamentos não estão em funcionamento por falta de manutenção. Curado reconheceu o problema e prometeu resolvê-los.

O diretor da Polícia Judiciária Civil, Paulo Rubens Vilela, admitiu que não há como melhorar o combate à criminalidade, sem passar pelo aumento do efetivo policial. “Não posso enganar a população. Não há nada a curto prazo. Os novos policiais devem ser remanejados para Rondonópolis só no final do ano. Eles estão em processo de formação”.

A reportagem questionou as deficiências para o combate ao tráfico de drogas com apenas quatro investigadores e outros três para elucidação de homicídios na Divisão de Crimes Contra a Pessoa (DCCP) e o diretor reconheceu que o número é insuficiente. “Não há como remanejar pessoal de uma regional para cá, porque a falta de policiais é um problema em todo Estado. É um problema que se resolve com aumento de efetivo”.

Durante a audiência pública, as mazelas sociais causadas foram expostas ao secretário de Segurança Pública, desde a falta de policiais, médicos legistas, peritos criminais, bombeiros e delegados. Outra reclamação recorrente foi à falta de combustíveis nas viaturas e até questionamentos de contratos de locação de veículos pelo Estado. Houve cobrança por mais armamentos e viaturas.






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