O ex-prefeito se apoderou da Hilux SW4 de propriedade da administração municipal e logo depois de ser cassado admitiu que havia ido para Goiás com o veículo oficial da prefeitura, avaliado em R$ 95 mil, pois ainda ocupava o cargo de prefeito, mesmo depois de ter o diploma cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).
Segundo o atual prefeito, a caminhonete estava abandonada em uma rua no bairro Jardim, na capital goiana. "O carro estava trancado e, por isso, a polícia chamou um chaveiro. Em seguida, entrou em contato conosco para que fôssemos buscá-la", contou.
Perin disse que a Justiça havia dado o prazo de 72 horas para que o ex-prefeito devolvesse o veículo, caso contrário seria pedida a prisão dele. Segundo Perin, o veículo está em mau estado de conservação. "O carro está bem estragado, com o parabrisa quebrado e muito sujo", disse, ao completar que agora vai mandá-lo para a revisão. Já o outro carro oficial que estava com a ex-primeira-dama do município foi recuperado há cerca de um mês na residência de Milhomen por determinação judicial, ainda conforme o atual prefeito.
Na época, houve uma denúncia de que o ex-prefeito teria sido visto quando seguia para Goiás. Isso porque o automóvel foi reconhecido quando estava sendo abastecido em um posto de combustível na estrada que liga Barra do Garças, a 516 quilômetros de Cuiabá, a Goiânia.
Segundo colocado na eleição de 2008, Wanderley Perin alegou ter recebido uma série de ameaças após assumir o cargo e pediu proteção policial à Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp). Há aproximadamente dois meses o prefeito passou a contar com a escolta de dois agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Militar em tempo integral.
A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com o advogado de Milhomen, Romes da Motta Soares, mas não obteve retorno.
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