Após 7 meses de polêmica, governo começa a “montar” sistema do VLT
Após sete meses de debates acirrados, o governador Silval Barbosa (PMDB) enfim sacramentou a escolha do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) como parte do plano de mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014. Nesta quarta (28), o peemedebista assinou a alteração da matriz de responsabilidade que autoriza o cancelamento da linha de financiamento para o BRT (Bus Rapid Transit) e permite que os recursos sejam alocados para o modelo sobre trilhos.
O termo foi assinado em Brasília, durante audiência com o ministro dos Esportes Orlando Silva, com a presença do diretor-presidente da Agecopa, Eder Moraes, cotado para comandar a futura secretaria extraordinária da Copa (Secopa).
As discussões sobre a mudança de modelo geraram dor de cabeça a Silval a ponto de levar o governador a encaminhar mensagem à Assembleia que prevê a extinção da Agecopa e a criação da Secopa. O texto com as emendas dos deputados deve ser apreciado, em duas votações, nesta quinta (29).
A medida foi tomada pelo chefe do Executivo após o diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, questionar o valor da obra do VLT, orçado em R$ 1 bilhão, durante audiência pública realizada pela Assembleia para debater os dois modelos de transporte. O BRT já tinha projeto pronto e linha de financiamento aprovada pela Caixa Econômica Federal (CEF), com custo aproximado de R$ 600 milhões.
Agora Silval está autorizado a cancelar na CEF o contrato anterior, referente ao BRT, e firmar um novo para custear o VLT. Ele vai assinar dois contratos de financiamento, sendo que o primeiro estipula a liberação de R$ 423 milhões, e outro com a contrapartida do Estado, estipulada em R$ 729 milhões. No total, deve ser liberado R$ 1,152 bilhão.
A definição do modelo deve acelerar os trabalhos, pois o transporte rápido é considerado a obra prioritária do plano de mobilidade com as exigências da Fifa para que Cuiabá seja uma das 12 cidades-sede do Mundial de 2014.
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