Os dois baianos que sofreram um acidente de helicóptero durante uma viagem em Cancún, no México, no dia 18 de setembro, já estão de volta ao Brasil. A aeronave caiu na laguna Nichupté, conhecida por ter crocodilos. Os dois baianos e o piloto, um mexicano, tiveram ferimentos leves.
O administrador Eduardo Abenhaim, de 34 anos, e o estudante Ricardo Correia, de 24, faziam um voo panorâmico na zona hoteleira do balneário de Cancún. Segundo a polícia local, o acidente pode ter sido causado por uma falha mecânica na aeronave, um helicóptero modelo Robinson 44 de quatro lugares.
Em entrevista ao G1 nesta quinta-feira (29), Eduardo contou que cerca de dez minutos após a decolagem, eles começaram a perceber que havia algo de errado. “Ele [o helicóptero] começou a fazer um barulho, depois parou e foi caindo. Entrei em desespero, achei que ia morrer, foi a primeira coisa que pensei”, relata.
Primos baianos ficaram cinco dias no México antes
do acidente acontecer (Foto: Arquivo
pessoal/Ricardo Correia e Eduardo Abenhaim)
O administrador disse que foi o último a conseguir sair do helicóptero já na água. “Quando me dei conta já estava engolindo água, tirei o cinto e saí pelo outro lado do helicóptero. Meu primo e o piloto já haviam saído. Ficamos [ele e o primo] na água e o piloto acenava para a gente subir nos destroços do helicóptero porque o socorro já estava chegando. Só fiquei sabendo dessa história de crocodilos depois. Um dos paramédicos falou: ‘vocês deram muita sorte, além de terem sobrevivido, porque o lago [onde o helicóptero caiu] é cheio de crocodilos’. A história repercutiu rápido”, lembra.
O acidente aconteceu em um domingo, cinco dias após a chegada dos baianos no México. Na madrugada de segunda-feira, os dois já estavam liberados do hospital e retornaram ao Brasil no dia seguinte, como haviam programado.
Eduardo diz que se assustou com a repercussão do acidente e que a primeira providência dele foi avisar aos pais que estava tudo bem. "Não sei como foi isso [a divulgação do acidente], no dia seguinte vários sites do Brasil, jornais do México, tinham dado a informação com fotos nossas. Quando vi, pensei: meu pai vai ter um ataque do coração quando ler isso. Mandei um e-mail para ele e minha mãe e depois liguei para avisar que estava tudo bem", conta.
Comentários