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Política
Sexta - 30 de Setembro de 2011 às 07:34

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Uma comissão interna criada para investigar o uso de documentos falsos para viabilizar um contrato do Ministério da Agricultura com a Fundação São Paulo, mantenedora da PUC-SP, concluiu seu relatório nesta semana.

Segundo nota da entidade, o documento foi entregue ao presidente da fundação, dom Odilo Pedro Scherer, que após análise irá encaminhá-lo ao Ministério Público de São Paulo.

A fundação não ainda divulgou o teor da investigação, que foi conduzida sob sigilo.

A comissão era formada por dois professores da PUC e um padre da Arquidiocese de São Paulo. Seu objetivo era apurar se houve participação de funcionários nas irregularidades.

Em agosto do ano passado, a fundação da PUC foi contratada por R$ 9,1 milhões para dar cursos aos funcionários do ministério.

Em agosto, a Folha revelou que a tomada de preços que levou à sua contratação foi fraudada com o uso de documentos forjados com o timbre da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Os documentos forjados deram aparência de legalidade à tomada de preços e justificaram a escolha da fundação da PUC pelo ministério.

As irregularidades no contrato com a fundação foram um dos motivos que levaram à queda do ex-ministro Wagner Rossi (PMDB), que pediu demissão em agosto.

O lobista Júlio Fróes, que tinha livre acesso ao ministério na gestão de Rossi, foi acusado de distribuir propinas a funcionários depois de assegurar o contrato para a fundação. A PUC nega ter sido representada pelo lobista.

A fundação, que prometeu devolver o dinheiro do contrato quando o caso veio à tona, afirmou que os recursos estão depositados numa conta bancária à disposição do ministério.

A entidade chegou a receber R$ 5 milhões até o início de agosto, quando os pagamentos do contrato foram suspensos.

De acordo com a fundação, o ministério já foi comunicado da devolução do dinheiro, mas ainda não se manifestou sobre a aceitação da proposta.

O ministério confirma o recebimento da comunicação, mas disse que espera a conclusão de uma sindicância da Controladoria-Geral da União e do inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar as irregularidades na contratação da fundação.

Uma sindicância internada da Advocacia-Geral da União também está sendo feita e deve ser concluída no dia 15 de outubro.

A PUC afirmou que também contratou uma auditoria externa para examinar o caso.

 
 





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