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Cidades
Sexta - 30 de Setembro de 2011 às 09:19

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Cerca de 60% dos 3.600 bancários da região da Grande Cáceres, formada por 23 municípios, aderiram  a paralisação da categoria. Em Cáceres, onde se concentra o maior número profissionais da área, cruzaram os braços, funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF), H.S.B.C Bamerindus, Banco da Amazônia e Itaú. “No município cerca de 65% dos bancários aderiam a paralisação” informou Hélio Leite de Souza, funcionário do BASA, diretor da Regional Oeste do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso. O sindicalista diz que resistem ao movimento, em Cáceres, os funcionários do Bradesco e Banco do Brasil.

Apesar da resistência, o líder sindical acredita que os colegas devem mudar de opinião e seguir a orientação do sindicato da categoria. “Vamos continuar mantendo o diálogo com os nossos colegas do Banco do Brasil e Bradesco. Assim como nós eles também estão com os salários achatados. A dificuldade é de todos. Creio que eles vão mudar de ideia” afirmou Hélio Leite lembrando que, ainda hoje, estará se reunindo com funcionários das respectivas agências para tentar sensibilizá-los a aderir à greve.

Uma funcionária do Bradesco diz que, os colegas temem aderir a paralisação e perder o emprego. “Sentimos na pele a falta de segurança e, principalmente, o baixo salário. Acontece que muitos são contratados e temem serem demitidos se aderir a paralisação” justificou.A maior adesão ao movimento está na capital. Na manhã de ontem, 89 agências existentes em Cuiabá e Várzea Grande, permaneceram fechadas. O sindicalista Arilson da Silva, presidente do Seeb, diz que o momento de enfrentamento deflagrado está ancorado no tripé valorização, contratação de novos funcionários e segurança para clientes e bancários.

Atualmente, o piso salarial da categoria gira em torno de R$ 1.250 e o sindicato defende R$ 2.297, além de valorização de 12,8%. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), por sua vez, oferece reajuste de 8%. Contudo, o grande problema da proposta apresentada, segundo Silva, é que ela não aponta para as outras questões. “Desde 1983, tudo o que foi conseguido do ponto de vista da segurança partiu das nossas reivindicações. Nada ocorreu apenas por vontade dos bancos que nem os biombos para inibir assaltos a clientes instalaram na sua totalidade”.

O presidente do Seeb pontuou que este é o momento dos bancos mostrarem na prática o discurso de responsabilidade social mostrado nas propagandas. “Há um abismo muito grande neste sentido e resumir nossas reivindicações apenas na questão salarial prova isso”. Para ele os correspondentes bancários, criados para democratizar o acesso aos bancos, demonstram claramente o atendimento às questões de mercado. “Quarenta por cento deles estão na região Sudeste, o que deixa quase 2 mil municípios sem agência, o que prova que a prática não condiz com o discurso”.






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