A justificativa aos parlamentares está prevista para ocorrer na reunião do Colégio de Líderes, programada para a próxima terça-feira (4).
A iniciativa partiu do deputado Sérgio Ricardo (PR) e recebeu apoio do presidente do Legislativo, deputado José Riva (PP).
“Há mais de três meses, servidores do Estado questionam a falta de cobertura do MT Saúde. Defendo que o Parlamento interfira neste assunto para resolver este problema que aflige servidores do Estado”, comentou o republicano.
Riva ainda citou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já tranqüilizou o Parlamento de que não haverá a extinção do plano de Saúde. Ele citou ainda que é necessária uma urgente explicação, diante do alto investimento oferecido pelo Estado para acobertar servidores nesta modalidade de plano de Saúde.
“O contingente de servidores do Estado que contribuem mensalmente com o MT Saúde é bastante elevado. O Estado arrecada mais de R$ 20 milhões para tratar exclusivamente disso. Alguma justifica plausível tem que ser apresentada para justificar o atraso nos pagamentos aos conveniados”, completou o deputado.
Representante da classe médica no Parlamento, o deputado Aray Fonseca (PTB) alegou que o gestor do MT Saúde não tem autonomia para efetuar pagamento as unidades particulares que oferecem atendimento aos servidores do Estado.
“Pelas informações que recebo dos profissionais, são três meses em que não há recebimento de valor algum. Defendo que representantes da Secretaria de Administração e Secretaria de Fazenda apresentem motivos que justifiquem este atraso”, disse.
Por conta de atrasos no pagamento que persiste desde fevereiro de 2011, o MT Saúde já foi descredenciado do Hospital São Mateus e da Clínica Femina. Outras unidades particulares estão adotando o mesmo procedimento.
Vexame e discriminação
Usuários do plano de saúde do Governo do Estado, o MT Saúde, denunciaram ao MidiaNews que têm encontrado dificuldades para marcar consultas ou realizar exames, desde a última semana.
No Estado, são aproximadamente 54 mil usuários e, destes, 17 mil são titulares.
Conforme um funcionário público, lotado em Cuiabá e que não quis ter o nome revelado temendo represálias, sua noiva está grávida e não consegue marcar consultas de rotina para fazer exames de pré-natal.
“Eles não estão aceitando os cartões do MT Saúde porque, segundo os hospitais, o plano rompeu o contrato com a empresa que detém o programa. Após a tentativa da consulta, ligamos no MT Saúde, que informou não ter previsão para resolver o problema”, disse o servidor.
Colaborou: Isa Sousa
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