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Economia
Sexta - 30 de Setembro de 2011 às 22:03

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A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o último pregão de setembro revelando um desempenho ainda pior do que agosto: o índice Ibovespa, que cedeu 2% nesta sexta-feira, acumulou uma perda de 7,4% no mês, o pior tombo mensal desde outubro de 2008 (a histórica queda de 24,8%).

No ano, a desvalorização chega a 24,5%, embutindo uma rara sequência de seis meses de perdas (de abril a setembro), não registrada desde 2008, na fase mais turbulenta da crise mundial.

O índice Ibovespa, que oscilou entre 53 mil e 58 mil pontos em setembro, finalizou o mês na ponta mais baixa, em 53.324 pontos. Analistas gráficos contavam que o indicador permanecesse acima dos 54 mil pontos para mostrar uma recuperação consistente. Abaixo desse valor, a Bolsa tende a oscilar na marca dos 51 mil pontos e 48 mil pontos (o patamar mais baixo registrado neste ano).

O giro financeiro, após vários dias magros, ficou acima dos R$ 6 bilhões, o valor médio para o período.

A Bolsa brasileira, na verdade, acompanhou o mau humor generalizado visto nas demais Bolsas, que sofreram perdas de 1,31% (Londres), 2,43% (Frankfurt) e 2,16% (Nova York).

O dólar comercial refletiu a alta aversão ao risco deste momento e bateu R$ 1,882, um aumento de 2% num só dia.

EUA, EUROPA E CHINA

Investidores e analistas seguem temerosos em relação à crise europeia, ainda longe de uma solução real e definitiva. A aprovação pelo parlamento alemão ao reforço do fundo de estabilidade financeira europeu trouxe algum alívio, mas não ao ponto de melhorar substancialmente o humor dos mercados.

O mercado ainda monitora as negociações da Grécia com o FMI, que avalia a liberação da última parcela do pacote do socorro financeiro acertado no ano passado, estimada em 8 bilhões de euros.

Ainda na Europa, outro indicador assustou os investidores: a inflação ao consumidor na zona do euro atingiu 3% (taxa anualizada) em setembro, bem acima das projeções de 2,5% do setor financeiro para o período. O número aumenta a apreensão dos mercados porque surge justamente num momento em que o BCE (Banco Central Europeu) é pressionado para reduzir os juros da região, num cenário de provável recaída numa recessão.

Nos EUA, o governo revelou que o nível de gastos dos americanos aumentou 0,2% em agosto (em linha com as expectativas), enquanto o nível de renda pessoal encolheu 0,1%, um desempenho bem pior do que o projetado por analistas do setor financeiro.

E finalmente, no front asiático, uma sondagem do banco HSBC apontou que uma contração do nível de atividade do setor manufatureiro chinês pelo terceiro mês consecutivo em setembro.  






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