Com a garantia do fornecimento do Gás Natural Veicular (GNV) para Mato Grosso devido à retomada do funcionamento da Usina Termelétrica de Cuiabá – Mário Covas, a previsão do governo do estado para os próximos meses é que sejam abertos novos postos de abastecimento em quatro municípios.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis de Mato Grosso (Sindpetróleo), Aldo Locatelli, as cidades de Santo Antônio de Leverger, Chapada dos Guimarães, Jaciara e Tangará da Serra deverão ter postos para a comercialização do gás combustível ainda neste ano.
Ainda conforme explicou Locatelli, existem atualmente seis revendedoras que atuam com o produto no estado, sendo quatro em Cuiabá, duas em Várzea Grande e uma em Rondonópolis. O consumo dessas unidades chega a média de 350 mil metros cúbicos/mês.
Locatelli lembrou que essas empresas somaram prejuízos incalculáveis devido à instabilidade nos últimos anos no fornecimento do gás para o estado. O empresário Paulo Emboava, um dos primeiros a revender o GNV em seu posto, tomou prejuízos neste período, porém ficou animado com as novas previsões apresentadas pelo governo.
O empresário avisou que retornará a vender o gás após dois anos sem fornecer o produto. “Uma peça quebrou e o investimento não compensava diante do pouco lucro que estávamos tendo”. Ele também apontou que seriam necessários mais de quatro anos para os empresários recuperarem o valor investido com a compra dos equipamentos para abastecimento de gás natural. O empresário reclamou que os custos para manutenção dos equipamentos são caríssimos.
O taxista Adilson Almeida se sente como um dos grandes beneficiados com a garantia de que não faltará gás para abastecer os veículos. Ele contou que, por três anos e dois meses, utilizou um carro movido a álcool e gastou cerca de R$ 42,3 mil neste período. “Resolvi mudar para um veículo a gás. Com 1 ano de uso desembolsei apenas R$ 800”, comemorou. Para ele, o principal problema é com a manutenção dos equipamentos do GNV. Segundo o trabalhador, é preciso procurar empresas de fora do estado para não procurar reparadoras clandestinas.
Convertedoras
Atualmente em Mato Grosso não existe nenhuma empresa credenciada junto ao Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso (Imeq-MT), órgão vinculado ao Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade (Inmetro), para oferecer o serviço de conversão do veículo a gás – adaptar o carro a álcool, por exemplo, para o abastecimento com o novo produto. Em 2004, quando Mato Grosso recebeu o gás natural pela primeira vez, 10 empresas eram credenciadas. As incertezas para o fornecimento do combustível fizeram com que todas não renovassem o contrato.
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