Israel aceita reiniciar negociações de paz com palestinos
Israel aceitou neste domingo a proposta do Quarteto para o Oriente Médio (formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) para reiniciar nas próximas semanas o processo de paz com os palestinos, informou o escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
"Israel dá as boas-vindas à convocação do Quarteto para negociações diretas entre as partes, tal como propuseram o presidente (Barack) Obama e o primeiro-ministro Netanyahu", indica um comunicado divulgado pelo gabinete do chefe do governo israelense.
O comunicado oficial também insta os palestinos a "fazer o mesmo e entrar em negociações diretas sem demora". "Israel recebe favoravelmente o pedido do Quarteto por negociações diretas e incondicionais entre nós e os palestinos", afirmou.
Esta é a primeira reação oficial à proposta do Quarteto, mas vários ministros já haviam reagido de maneira positiva. "Apesar de Israel ter reservas que serão apresentadas no momento apropriado, pede à Autoridade Palestina que siga seu exemplo e inicie sem mais demora negociações diretas", disse o comunicado.
O Comitê Executivo da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) declarou na quinta-feira que "não pode aceitar negociações que não tenham os limites mínimos de responsabilidade e seriedade em vista da continuidade dos assentamentos e confisco de terras e a destruição de propriedade palestina por parte dos colonos" israelenses.
A OLP reafirmou "seu compromisso com a solução de dois Estados nas fronteiras de 1967 e sua vontade de negociar para alcançar essa solução", e pediu ao governo israelense "que se comprometa com todas as bases e referências no pedido do Quarteto, em particular as que se referem ao fim da atividade colonial e ao reconhecimento das fronteiras de 1967 para que as negociações possam começar".
Em um texto publicado após o pedido palestino de adesão à ONU como Estado membro, o Quarteto propôs a retomada das negociações de paz com o objetivo de alcançar um acordo no mais tardar no fim de 2012. O processo de diálogo promovido por Washington está paralisado há mais de um ano.
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