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Política
Domingo - 02 de Outubro de 2011 às 16:48
Por: Alline Marques

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O senador Pedro Taques (PDT) demonstrou indignação com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cézar Peluso, a quem classificou de "arrogante". O desabafo foi feito na rede social, no perfil do parlamentar no twitter, ao destacar reportagem de um periódico paulistano na qual o membro do STF se recusa a debater o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por ser "coisas de estudante".

“Hoje...Peluso, dizendo q não vai debater com os senadores sobre o CNJ, pois debate seria coisa de estudante, é a prova da arrogância. Subsídios alguns Membros do STF querem debater com senadores, questão corporativa pode; questão institucional não. Viva a República!”, consta do lamento literal de Taques, um dos autores do requerimento feito pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Ao ser provocado por outro internauta, Taques sugere que leia o artigo 53 da Constituição Federal, que dispõe sobre o fato de os parlamentares federais (deputados e senadores) serem invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

Taques também ironiza e destaca: “confesso q sou estudante, com muito gosto. (...)É bom ser chamado de estudante. Não sou nada. Não quero ser nada. O que não é bom é querer ser professor de Deus, ou o Próprio!”.

Não foi apenas Taques que se indignou com a fala do presidente do STF. O senador Demóstenes Torres também expôs sua insatisfação com Peluso e ironiza o fato de os magistrados quererem discutir seus salários no Congresso Nacional.

“Peluso diz que não vai ao Senado debater o CNJ por não ser mais estudante, mas está pronto a ir se o tema é salário. Ou seja, aonde o corporativismo vai a toga vai atrás”, afirma no twitter.

A CCJ do Senado resolveu debater o papel do CNJ e o clima esquentou após o adiamento do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) ajuizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) contra resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a uniformização de normas relativas ao procedimento administrativo disciplinar aplicável aos magistrados, acerca do rito e das penalidades.

O presidente do STF e outros ministros querem diminuir o papel do CNJ e restringir a investigação contra magistrados infratores e evitar julgamentos de juízes antes de qualquer correição regional, por meio das Corregedorias do TJs.


Atualizada e corrigida às 13h40/Mais informações em instantes

 






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