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Polícia
Segunda - 03 de Outubro de 2011 às 15:09
Por: Julia Munhoz/Alline Marques

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Julia Munhoz/OD
A professora Janaina Pereira Monteiro
A professora Janaina Pereira Monteiro

A professora Janaina Pereira Monteiro testemunhou a morte do estudante Toni Bernado Silva, 28 anos, e relatou os fatos com riquezas de detalhes durante coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (3), na Assembleia Legislativa. Ela conta que os policiais imobilizaram o jovem e batiam nele com socos na cabeça e no pescoço.

Janaina mora ao lado da pizzaria Rola Papo e disse ter chegado ao local quando o estudante já estava imobilizado pelos policiais militares Higor Marcel Mendes Montenegro, 24 anos, e Wesley Fagundes Pereira, 24 anos. Segundo ela, um dos PM’s dizia: “você sabe por que está apanhando? Porque você é bandido”.

A professora relatou ainda que Toni estava imobilizado de bruços. Os policiais seguravam um de cada lado pelos braços. Quando Janaina chegou ao local do crime, Sérgio Marcelo Silva da Costa, filho de um delegado da Polícia Civil, que também é acusado de agredir o estudante, já havia deixado a pizzaria. "Eles não iam imobilizar um morto".

Em entrevista coletiva, o advogado Ardonil Gonzales, responsável pela defesa dos policiais, informou que os clientes agiram de acordo com suas funções e Toni teria reagido a prisão. No entanto, os PM’s estavam a paisana e não se identificaram, nem deram voz de prisão. "Quando eu cheguei lá (pizzaria) eu julguei que ele (Toni) estava fazendo um assalto a mão armada, assim como não julguei que os agressores eram policiais, declarou a professora.

Janaína pontuou ainda durante suas declarações que dentre as pessoas que estavam no local apenas duas cozinheiras da pizzaria gritavam para que os policiais parassem de agredir o ex-aluno da UFMT. Em determinado momento, as esposas dos policiais teriam discutido com a professora. "As esposas eram tão agressivas e violentas quanto eles".

De acordo com o deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) foi oferecido à professora a integração ao Programa Nacional de Testemunhas, porém como ela teria que se mudar para outro estado, acabou recusando. "Nós encaminhamos ofício ao secretário Diógenes (Curado - Segurança Pública) e ele está aguardando manifestação do Gaeco para disponibilizar proteção à professora Janaína", explicou o parlamentar.

 






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