Dono diz que sentiu impotência ao ver Toni ser agredido
O proprietário da pizzaria Rola Papo, José Dimas, disse durante entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (3) que se sentiu impotente diante da agressão dos policiais militares e o filho de um delegado contra o ex-aluno da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Toni Bernardo da Silva, 28 anos, morto no dia 22 de setembro.
“Foi um momento muito difícil de administrar. Imagina quatro rapazes em forma física, como eu iria interferir?”, afirmou o empresário. Dimas teria chegado à pizzaria quando a ‘confusão’ envolvendo os dois policiais, o filho do delegado e o estudante, da Guiné-Bissau, já havia começado.
O dono da pizzaria garantiu ainda que por várias vezes tentou alertar os agressores de que iriam acabar matando o rapaz. “Foi bastante violento e muito chocante. Ele (Toni) se debatia tentando se desvencilhar isso é natural. E fiz vários apelos para que parassem e cheguei a segurar o empresário (Sérgio) para ele parar de agredi-lo (Toni)”.
O proprietário do Rola Papo ressaltou que levou um tempo para entender o que o que estava acontecendo na pizzaria e quais os motivos levaram o empresário Sérgio Marcelo Silva da Costa, filho de um delegado da Polícia Civil, e os policiais Higor Marcel Mendes Montenegro, 24 anos, e Wesley Fagundes Pereira, 24 anos, a imobilizar e agredir Toni.
Ameaça
Sobre a ameaça de morte que teria sofrido, Dimas explicou que na sexta-feira (23) durante a manifestação realizada por um grupo de estudantes, na pizzaria, uma pessoa teria dito que ele também deveria morrer e, por isso, acabou registrando um boletim de ocorrência, mas que não houve mais nenhum tipo de ameaça.
Recentemente, os estudantes da UFMT cobraram das autoridades que o proprietário também fosse responsabilizado pelo assassinato, pois, na visão dos colegas e amigos de Toni, ele teria sido conivente com a agressão.
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