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Polícia
Terça - 04 de Outubro de 2011 às 07:38
Por: Welington Sabino

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Após 21 anos de um crime que chocou a cidade de Matupá (695 Km ao norte de Cuiabá) e ganhou repercussão internacional com as imagens de um cinegrafista amador que mostrava a morte de 3 assaltantes, que algemados, foram espancados e queimados vivos diante de uma multidão que vibrava com a situação, 4 dos 18 acusados sentam nos bancos dos réus. No júri popular marcado para esta  terça-feira (04) no Fórum daquele município a partir das 8h, serão julgados Vademir Pereira Bueno, Alcindo Mayer, Arlindo Capitani e Santo Caioni. Entre os denunciados, estão 7 policiais militares.

As vítimas, os assaltantes Osvaldo José Bachmann e os irmãos Arci e Ivanir Garcia dos Santos invadiram no dia 23 de novembro de 1990, a casa da família Mazonetto, fazendo cinco pessoas reféns, sendo mulheres e crianças, por mais de 15 horas até serem presos pela Polícia Militar. Entretanto, os PMs não conseguiram impedir que a população tivesse acesso aos acusados. Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, era obrigação dos policiais fazer a escolta e preservar a vida dos criminosos, ao contrário do que ocorreu.

Algemados, foram levados até o aeroporto para serem transferidos para outro município com segurança, pois a população estava revoltada com a ação dos três. Porém, quando já estavam no aeroporto, foram recolocados no carro e levados a um entroncamento da BR-163. Ali, conforme o promotor, as vítimas foram desalgemadas e alvejadas por vários tiros que causaram lesões graves. Em seguida, foram arrastadas, agredidas com socos e pontapés, amontoadas e, enquanto agonizavam, os denunciados jogaram gasolina nos três e atearam fogo.

Promotora de Justiça que atua no caso, Daniele Crema da Rocha, ocasião, houve até mesmo um pedido de intervenção federal no Estado de Mato Grosso feito pelo procurador da República Aristides Junqueira. “Tais fatos repercutiram negativamente sobre a cidade e sua população até hoje traz o estigma de ter sediado um dos crimes mais graves do país. Para ela, a condenação dos acusados se faz necessária para que essa imagem negativa seja revertida. Os outros 14 acusados serão julgados nos dias 10, 17 e 24 de outubro, sendo 7 deles os PMs Edyr Bispo Santos, Lúcio da Silva, Juraci Messias dos Santos, Valter Benedito Soares, Lucir Ramos da Silva, Ciro Lopes e Jacles George de Melo. Todos eles foram indentificados através das imagens que rodaram o mundo e foram amplamente divulgadas na imprensa à época.
 





Fonte: A Gazeta

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