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Polícia
Terça - 04 de Outubro de 2011 às 18:48
Por: Alline Marques

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Quatro testemunhas foram ouvidas no julgamento da Chacina de Matupá que iniciou no começo da manhã desta terça-feira (4). Dentre eles, dois médicos legistas e um jornalista que cobriu o fato na oportunidade, que foram arrolados pela defesa e acusação.

Os três promotores que cuidam do caso solicitaram a exibição das imagens da chacina, as quais comprovam que os assaltantes foram queimados ainda vivo pela população que estava revoltada pelo fato de terem feito uma família refém.

O juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu disse que não se sabe ao certo o número de testemunhas que ainda podem ser ouvidas, pelo fato das mesmas poderem ser dispensadas pelas partes interessadas.

“Esse foi um dos fatos que nos motivou a desmembrar os processos dos acusados, pois seriam muitas pessoas e isso poderia confundir os jurados. Com isso, contribuímos para maior convicção dos jurados e consequente clareza do julgamento”, disse o magistrado por meio da assessoria.

As primeiras testemunhas não reconheceram os acusados presentes, disseram que se passou muito tempo do ocorrido e que por isso, não se lembravam. O Ministério Público questionou as mesmas com referência ao primeiro testemunho coletado pelo Juízo de Matupá, em que as mesmas confirmaram o reconhecimento de ao menos um dos acusados. As duas primeiras testemunhas, uma dona de casa e um jornalista, reconheceram suas assinaturas nos documentos.

O laudo apontou a parada cardiorrespiratória, ferimentos à bala e queimadura de terceiro grau como sendo a causa mortis das vítimas. Um médico legista foi ouvido e disse que os exames realizados na época seriam insuficientes, pois não houve a investigação de abertura de cavidade das vítimas, que possibilitaria saber se duas delas estariam vivas antes de terem sido atingidas pelo fogo. Defesa e acusação fizeram questionamentos.

O médico disse que o laudo foi inconclusivo referente ao motivo das mortes, ou seja, não se apurou se as vítimas vieram a óbito decorrente de ferimentos a bala, agressões ou queimaduras. E sim foram constatadas queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus.

A defesa alertou para uma conclusão do laudo oficial, referente a uma das vítimas, que apontou como causa mortis a asfixia. Ato que poderia ter sido realizado por outra pessoa que não os acusados. A defesa também desenvolve a tese de incongruência entre laudos apresentados.

Um deles apontou que, os projeteis que atingiram as vítimas sequer teriam sido retirados pelos médicos legistas e que, um dos laudos atestou que uma das vítimas teria recebido um tiro na testa, sendo que nas imagens, claramente o referido tiro foi localizado na parte de trás da cabeça. O fato foi reforçado por um legista ouvido a pedido da defesa.

Atualmente o legista convidado pela defesa está sendo questionado pelo Ministério Público. Mais informações serão divulgadas em breve.

 






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