Apenas um réu é condenado; Silval deve depor ainda esta semana
Terminou às 3h35 desta quarta (5) o julgamento de 3 dos 18 réus acusados de envolvimento no caso que ficou conhecido nacionalmente como a “Chacina de Matupá”, ocorrida em 23 de novembro de 1990, quando três assaltantes foram linchados e queimados vivos em praça pública. Após cerca de 19 horas de sessão, apenas um deles foi condenado pelo Tribunal do Júri.
Valdemir Pereira Bueno foi sentenciado a cumprir oito anos de reclusão em regime fechado pelo homicídio de apenas uma das vítimas, Osvaldo José Bachamann, mas poderá recorrer da decisão em liberdade.
Os outros acusados, Santo Caione e Alcindo Mayer, foram absolvidos pelo Conselho de Sentença, composto pelos jurados e presidido pelo juiz da comarca de Matupá, Tiago Souza Nogueira de Abreu, que entenderam que eles não contribuíram para a morte das vítimas.
Para o magistrado, o papel da Justiça foi cumprido e atendeu ao chamado da sociedade. “Fizemos todo o possível em relação ao processo que teve inúmeras dificuldades em relação à própria legislação”, comentou. De acordo com ele, este foi um dos maiores juris populares da história de Mato Grosso.
Em votação sigilosa, a maioria dos jurados entendeu que a prática de Caione não contribuiu para a morte de Arci Garcia dos Santos enquanto Mayer teria errado ao agredir ao acreditar que a vítima estava sem vida quando a agrediu. Os jurados também absolveram Bueno das acusações de homicídio de Arci e sua irmã, Ivanir Garcia dos Santos.
Os julgamentos dos demais acusados estão marcados para os dias 10, 24 e 27 de outubro. O governador Silval Barbosa (PMDB) está arrolado como testemunha de defesa de dois réus e deve ser ouvido ainda esta semana pela Justiça.
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