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OSS não cumpre prazos e faltam medicamentos para pacientes em MT
Três meses após o Instituto Pernambucano de Assistência à Saúde (Ipas) assumir a gestão da Central de Assistência Farmacêutica (CAF) no Estado, pacientes continuam tendo dificuldades para conseguir medicamentos na Farmácia de Alto Custo. Nem mesmo o novo sistema de aquisição implantado pela Secretaria do Estado de Saúde em maio acabou com o drama dos 26 mil mato-grossenses que utilizam medicamentos de alto custo de forma controlada.
A balconista Noilda Soares Vieira, 36, veio de Arenápolis com o pai em busca de 2 colírios. Francisco Soares, 80, tem glaucoma (alteração na pressão intraocular que pode levar à cegueira) e precisa usar diariamente a medicação. "Ele já perdeu 90% da visão e não pode ficar sem estescolírios". Com a compra de outros itens receitados pelo médico, a conta na farmácia passa de R$ 500 por mês. Agora, o aposentado e a filha terão que voltar no próximo mês para tentar conseguir os colírios.
Quando a distribuição dos insumos da saúde passou para uma organização social, a SES anunciou que pacientes do interior não precisariam mais se deslocar até a capital e que o novo modelo reduziria de 30 para até 7 dias o tempo para que o medicamento fosse entregue. Isso seria possível com o envio dos pedidos, via internet, pelas Secretarias Municipais de Saúde diretamente para a CAF, onde uma equipe técnica faz a análise e autoriza a entrega.
Na época, o Ipas pediu um prazo de 3 meses para fazer as mudanças, capacitar a equipe e implantar o sistema. Até agora, isso não ocorreu. Ubaldo Silvério de Souza, 53, se deslocou de Paranatinga para conseguir o remédio para hepatite. Sem encontrar o produto há 1 mês, ele retornou ao médico que receitou outro medicamento. Mas apesar da mudança, ele teve que voltar para a casa de apoio, onde fica quando vem para Cuiabá, de mãos vazias. "Eu já vim aqui e eles dizem que precisa o médico da farmácia autorizar. Só que ele não está aqui".
O problema é que, a cada dia que Ubaldo fica sem o medicamento, os sintomas da doença se agravam. "Sinto fraqueza, já cai na rua, as plaquetas estão baixas, não sei mais o que fazer. Se eu tivesse condições de pagar pelo medicamento, resolveria o problema".
O drama é o mesmo do aposentado João do Carmo da Silva, 66. Há 1 mês ele tem que comprar um dos medicamentos para o tratamento de Mal de Parkinson. Cada caixa custa R$ 52. Como toma uma por semana, gasta, em média, R$ 208 ao mês. "Semana passada comprei uma caixa. Agora vim aqui e eles disseram que não tem, já vou ter que comprar outra. Não posso ficar sem, porque graças a ele tenho menos tremedeira nas mãos".
O aposentado Gabriel Gregório de Campos, 53, também tentou, mais uma vez, retirar os colírios Alfagan P e Travatan na Farmácia de Alto Custo, mas estão em falta. Ele conta que teme perder a visão devido um glaucoma. "Eles não têm previsão de quando o medicamento vai chegar. Me deram o telefone e disseram que é para ficar ligando e cobrando, quem sabe assim o medicamento chega".
A balconista Noilda Soares Vieira, 36, veio de Arenápolis com o pai em busca de 2 colírios. Francisco Soares, 80, tem glaucoma (alteração na pressão intraocular que pode levar à cegueira) e precisa usar diariamente a medicação. "Ele já perdeu 90% da visão e não pode ficar sem estescolírios". Com a compra de outros itens receitados pelo médico, a conta na farmácia passa de R$ 500 por mês. Agora, o aposentado e a filha terão que voltar no próximo mês para tentar conseguir os colírios.
Quando a distribuição dos insumos da saúde passou para uma organização social, a SES anunciou que pacientes do interior não precisariam mais se deslocar até a capital e que o novo modelo reduziria de 30 para até 7 dias o tempo para que o medicamento fosse entregue. Isso seria possível com o envio dos pedidos, via internet, pelas Secretarias Municipais de Saúde diretamente para a CAF, onde uma equipe técnica faz a análise e autoriza a entrega.
Na época, o Ipas pediu um prazo de 3 meses para fazer as mudanças, capacitar a equipe e implantar o sistema. Até agora, isso não ocorreu. Ubaldo Silvério de Souza, 53, se deslocou de Paranatinga para conseguir o remédio para hepatite. Sem encontrar o produto há 1 mês, ele retornou ao médico que receitou outro medicamento. Mas apesar da mudança, ele teve que voltar para a casa de apoio, onde fica quando vem para Cuiabá, de mãos vazias. "Eu já vim aqui e eles dizem que precisa o médico da farmácia autorizar. Só que ele não está aqui".
O problema é que, a cada dia que Ubaldo fica sem o medicamento, os sintomas da doença se agravam. "Sinto fraqueza, já cai na rua, as plaquetas estão baixas, não sei mais o que fazer. Se eu tivesse condições de pagar pelo medicamento, resolveria o problema".
O drama é o mesmo do aposentado João do Carmo da Silva, 66. Há 1 mês ele tem que comprar um dos medicamentos para o tratamento de Mal de Parkinson. Cada caixa custa R$ 52. Como toma uma por semana, gasta, em média, R$ 208 ao mês. "Semana passada comprei uma caixa. Agora vim aqui e eles disseram que não tem, já vou ter que comprar outra. Não posso ficar sem, porque graças a ele tenho menos tremedeira nas mãos".
O aposentado Gabriel Gregório de Campos, 53, também tentou, mais uma vez, retirar os colírios Alfagan P e Travatan na Farmácia de Alto Custo, mas estão em falta. Ele conta que teme perder a visão devido um glaucoma. "Eles não têm previsão de quando o medicamento vai chegar. Me deram o telefone e disseram que é para ficar ligando e cobrando, quem sabe assim o medicamento chega".
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/52595/visualizar/
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