Jurados escutam depoimento do médico de Jackson à polícia
A voz do médico Conrad Murray, que está sendo julgado pela acusação de cometer homicídio culposo contra o seu cliente Michael Jackson, tomou conta do plenário do tribunal de Los Angeles nesta sexta-feira, quando foi mostrada aos jurados a gravação do depoimento que o réu prestou à polícia após a morte do cantor, em 2009.
Até agora, Murray acompanha em silêncio o próprio julgamento, fazendo anotações e cochichando com seus advogados.
A gravação de duas horas foi feita pela polícia dois dias depois da morte de Jackson, em 25 de junho de 2009, em decorrência de uma overdose do anestésico propofol, em combinação com outros sedativos.
Murray admite ter dado o propofol a Jackson, mas ele se diz inocente, e seus advogados alegam que o próprio cantor causou a sua morte ao ingerir uma dose adicional do anestésico sem o conhecimento do seu médico.
Nos primeiros 20 minutos da entrevista, Murray parece calmo e composto, descrevendo como passou a trabalhar para Jackson em período integral, cerca de dois meses antes da morte do cantor. O restante da gravação será apresentado aos jurados ainda na sexta-feira.
Murray foi contratado para cuidar de Jackson durante os preparativos para uma série de shows que o cantor de "Thriller" faria em Londres. Ele pode ser condenado a até quatro anos de prisão.
Nas primeiras duas semanas de julgamento, os promotores acusaram Murray de ter encomendado enormes quantidades de medicamentos para Jackson, e de ter sido negligente por não monitorá-lo adequadamente, além de ter tentado esconder alguns dos remédios antes de chamar uma ambulância, ao encontrar Jackson desacordado.
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