Maioria dos assassinatos aconteceu em Várzea Grande e envolve acerto sobre drogas
Região metropolitana tem 13 execuções em uma semana

Em sete dias de outubro, a Polícia registrou 13 assassinatos na Grande Cuiabá, sendo seis na Capital e sete em Várzea Grande, numa média de quase duas execuções por dia.

Esse é o início de mês mais violento do ano. O que chama a atenção é que ocorreram mais assassinatos em Várzea Grande do que em Cuiabá.

O último homicídio ocorreu na Capital, onde o adolescente Anderson Silva Campos, o “Anderson Peixinho”, 17, morreu após ficar seis dias internado em estado grave, no Hospital Geral Universitário (HGU).

Na madrugada de domingo (2), ele foi baleado na cabeça, no Jardim Vitória, na periferia de Cuiabá, quando estava em companhia de Robson Brito Rodrigues, 23, que foi atingido por três tiros.

Os disparos atingiram Robson nas costas, braço e perna. Ele morreu no local.

O crime seria um acerto de contas envolvendo entorpecentes. As vítimas estavam numa casa conhecida como “Fumódromo do Vitória”, onde usuários de drogas se encontravam. A residência pertenceria a um rapaz conhecido como Marcelo, que não estaria no local naquele momento.

Testemunhas disseram que um homem conhecido como “Misael” e que estaria a serviço de um traficante do bairro entrou numa casa desocupada da Rua 1, e chegou atirando atingindo os dois rapazes, que faziam uso de drogas.

Na quinta-feira (6) à tarde, jovem Leonardo Muller Beck, 22, morreu no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSC), onde estava internado em estado grave. Na quarta-feira à noite, ele foi atingido por um tiro na cabeça, quando caminhava por uma das ruas do bairro Canjica.

Testemunhas disseram que dois ocupantes de uma motocicleta Honda Fun se aproximaram e o que estava na garupa atirou três vezes, acertando uma. O crime ocorreu por volta das 20 horas.

Levado em estado grave ao PSC, ele morreu cerca de 10 horas depois, no inicio da tarde.

Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria um acerto de contas. A vítima tinha antecedente e era usuária  de drogas.

Moradores identificaram os dois ocupantes da motocicleta – trata-se de um jovem conhecido como “Marcos”, que atirou, e “Glécio”, que pilotava a motocicleta. Os criminosos aproveitaram que Leonardo caminhava pela calçada e um deles atirou.

Policiais militares que atenderam a ocorrência localizaram o proprietário da motocicleta, que garantiu não saber do crime. Alegou que havia emprestado o veículo para Glécio fazer um lanche e só depois ficou sabendo da tentativa de assassinato. Ele chegou em sua casa e a motocicleta já tinha sido devolvida.