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Economia
Sábado - 08 de Outubro de 2011 às 15:58

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O governador Silval Barbosa (PMDB) deve anunciar, em breve, a instalação de uma indústria de grande porte, no setor têxtil, em Mato Grosso. Nesta sexta-feira (7), o chefe do Executivo, em companhia do secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf,  manteve contatos com diretores da empresa, uma Sociedade Anônima (S/A).

Segundo Nadaf, que não quis revelar o nome da empresa, as negociações para a implantação de panta da fábrica no Estado já estão bastante adiantadas. Ontem, em companhia de Silval, ele discutiu com os diretores da empresa o esboço de um projeto, que, inicialmente, contempla a criação de núcleos de produção de tecidos e de confecções, com a geração de muitos empregos.

A idéia é instalar a fábrica em Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), possibilitando a utilização da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), onde a empresa instalaria sua matriz, para a produção de tecidos.

A partir daí, a operações seriam ampliadas, com a criação de núcleos de produção de confecções, em cidades da região, oportunizando assim o aproveitamento da mão-de-obra.

A ZPE, a exemplo da que existe em Cáceres, é um tipo de distrito industrial incentivado, onde as empresas nelas localizadas operam com isenção de impostos e liberdade cambial - não se obriga a conversão em reais das divisas obtidas nas exportações.

A produção dentro de uma ZPE se beneficia de incentivos fiscais por não pagar impostos sobre produtos industrializados (IPI), de importação (II), PIS/Cofins e terem redução do Adicional de Frete da Marinha Mercante. Além da redução de 75% do Imposto de Renda nos 10 primeiros anos de operação.

Com a condição de destinar a maior parte de sua produção ao mercado externo, obrigatoriamente, 80% dos produtos, apenas 20% podem ser destinados ao mercado interno.

A instalação de uma ZPE atrai investimentos estrangeiros voltados para as exportações, coloca as empresas nacionais em igualdade de condições com seus concorrentes, cria empregos, aumenta o valor agregado das exportações, fortalece o balanço de pagamentos e entre outros, corrigir desequilíbrios regionais.

Alooduto

Em São Paulo, Silval e Nadaf também mantiveram contatos com o Grupo Logum, consórcio formado por grandes empresas responsáveis pela construção de um alcoolduto que ligará Paulínia (SP) a Jataí (GO), em Goiás, garantiu nesta sexta-feira (07.10) ao governador de Mato Grosso.

A diretoria do grupo se comprometeu com o  início imediato de estudos para se construir um ramal ligando o alcoolduto de Jataí até o município de Alto Taquari (479 km ao Sul de Cuiabá).

No encontro com os empresários, o governador fez uma exposição dos investimentos em Mato Grosso, no setor de logística, para atender à demanda de um Estado que é líder na produção de grãos, produz 54% da safra de algodão e possui o maior rebanho bovino do País. 

"Não vim aqui para vender facilidades, mas sim para oferecer oportunidades de investimentos", disse o governador a diretores do consórcio, explicando os motivos que o levaram a se reunir para pedir a inclusão no projeto de um trecho do alcoolduto entre Jataí e Alto Taquari (aproximadamente 200 quilômetros).

Os diretores do grupo anunciaram que o estudo será iniciado e também destacaram a importância da integração no projeto dos usineiros, já que contratos deverão ser formalizados para garantir a entrega do etanol para ser transportado.

As obras do alcoolduto (Sistema Integrado de Transporte de Etanol, orçado em R$ 5,7 bilhões) foram lançadas em novembro do ano passado em Ribeirão Preto (SP) e o trecho de 202 quilômetros entre Paulínia e Ribeirão deverá estar concluído em meados de 2012.

Também já estão definidos os trechos entre Ribeirão Preto e Uberaba (MG) e Uberaba e Jataí. A capacidade de transporte é de 20 milhões de metros cúbicos/ano. 

Logística

Segundo o governador, atualmente a Ferrovia Senador Vicente Vuolo que possui terminais em Alto Araguaia e Alto Taquari, e que está indo em direção a Rondonópolis, está transportando 10 milhões de toneladas.

Além disso, outros 17 milhões de toneladas são transportados via rodovia. A implantação de um alcoolduto em Mato Grosso viria a completar a área de logística no Estado que recebe hoje importantes investimentos nas BRs 158 e 163.

E há ainda boas perspectivas para investimentos nos modais de hidrovia e ferrovia, com a extensão do ramal ferroviário de Alto Taquari até Rondonópolis e ainda a construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que ligará os estados de Goiás (Campinorte) a Rondônia (Vilhena) passando por Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso. O Grupo Logum é formado pela Coopersucar (20%), Camargo Corrêa (10%), Odebrecht (20%), Petrobras (20%), Raizen (20%) e ainda outros consórcios (10%).

Participaram da reunião, os representantes do Grupo ETH Bionergia (que representa a Odebrecht) Marcelo Mancini Stella (diretor) e José Carlos Grubisich (diretor-presidente), o diretor-presidente da Odebrecht Transportes, Paulo Sesena, e também o secretário de Comunicação Social de Mato Grosso, Osmar de Carvalho.

Com informações da Secom-MT






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