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Internacional
Domingo - 09 de Outubro de 2011 às 05:15

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A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, se reuniu neste sábado em Paris com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, às vésperas de uma nova cúpula franco-alemã em Berlim. A rodada de consultas sobre a crise da zona do euro é mantida após uma nova redução das notas de Itália e Espanha.

Lagarde, que defendeu já no final de agosto uma recapitalização dos bancos europeus, se reuniu com Sarkozy durante uma hora no palácio presidencial francês, mas não fez declarações ao término do encontro.

O presidente francês e a chanceler alemã, Angela Merkel, cujas divergências em matéria de recapitalização dos bancos europeus foram desmentidas em Paris, tentarão encontrar posições comuns no domingo em Berlim.

A França aceitou a ideia de uma operação coordenada europeia, depois de ter reiterado durante semanas que os bancos franceses continuarão sólidos, inclusive em caso de quebra da Grécia.

Na sexta-feira, a Comissão Europeia indicou que apresentará "nos próximos dias" uma proposta em relação ao tema.

As negociações se intensificam no momento em que as agências de classificação financeira anunciam a todo momento reduções nas notas de Estados e bancos, alimentando a ideia de um contágio para toda a Europa da crise da dívida grega.

A Bélgica está agora na alça de mira. Na sexta-feira à noite, a Moody"s indicou que pretende baixar sua nota devido à incerteza em relação ao futuro do banco franco-belga Dexia.

Em plena crise da dívida, preocupa a possibilidade de a Bélgica assumir mais riscos para salvar esse banco em situação agônica. Ainda mais que esta seria a segunda vez que o Estado belga ajudaria o Dexia, depois de já tê-lo feito em 2008.

A Fitch Ratings reduziu em dois níveis a nota espanhola e em um a da Itália.

O diagnóstico continua sendo o mesmo: a preocupação crescente em relação à capacidade dos Estados altamente endividados para enfrentar os pagamentos da dívida. Mas as inquietudes aumentam devido ao risco de default (suspensão dos pagamentos) da Grécia e às perspectivas de crescimento em queda.

O principal temor é de que a crise financeira europeia contamine a economia real, o que mergulharia a Europa na recessão.

As associações patronais francesas, alemães e italianos fizeram eco a esta preocupação ao pedirem neste sábado uma integração maior na Europa e a preparação de um novo tratado capaz de superar "as deficiências atuais da zona euro".

As associações Medef (França), BDI (Alemanha) e Cofindustria (Itália) afirmaram que "a questão da capitalização adequada dos bancos é uma condição para que a crise atual seja solucionada e deve ser tratada como tal pelos líderes políticos".

No mesmo sentido, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, considerou que "falta cruelmente" uma visão alemã da crise da zona euro. 
 






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