Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Cidades
Domingo - 09 de Outubro de 2011 às 10:42

    Imprimir


Reprodução/TV Morena
Trabalhadores rurais usam tambores para ter acesso a água
Trabalhadores rurais usam tambores para ter acesso a água
Grupo de 80 famílias que mora nos assentamentos Vale do Sol e Só Alegria, no distrito de Rochedinho, em Campo Grande, estão enfrentando há mais de um ano o problema da falta de água para viabilizar a produção agrícola e a pecuária em seus lotes.

No assentamento Vale do Sol, Maria Pereira, líder da comunidade, diz que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) perfurou um poço de 110 metros de profundidade, que tem capacidade para fornecer até 12 mil litros de água por hora, mas que sem bomba, sem caixa de água e sem rede de distribuição não tem como ser utilizado pelos moradores.

Ela diz em que em razão do problema a horta que estava cultivando foi totalmente perdida. Hortaliças, como alface, por exemplo, não se desenvolveram. Nos lotes vizinhos, a líder da comunidade diz que a situação se repete.

Para tentar contornar a situação, os assentados vão de carro, buscar água com tambores em um poço que fica fora do assentamento, a cerca de cinco quilômetros de distância. A água depois é distribuída através de baldes e serve para atender, pelo menos, as necessidades básicas das famílias.

 

 No assentamento Só Alegria a situação é ainda pior. O poço aberto pela Funasa nunca funcionou e segundo o líder local, Gilberto Lambarte Lino, a informação que ele recebeu do órgão é que a estrutura está condenada e não oferece condições de canalização da água.

O superintendente da Funasa em Mato Grosso do Sul, Flávio Brito, diz que órgão ao perfurar os poços apenas atendeu um pedido da prefeitura de Campo Grande. “Um poço não deu vazão, então tinha que ficar lacrado mesmo e o outro deu 12 mil litros hora de vazão, mais que suficiente para atender toda aquela comunidade, mas a estruturação do poço, com bomba, rede de distribuição, tratamento e armazenamento não é atividade fim da Funasa”, explica.

O diretor-presidente da Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), José Antônio Roldão, diz que já possui um orçamento de um projeto para assegurar o abastecimento de água nos dois assentamentos, no valor de R$ 700, e que busca parceiros para viabilizar a iniciativa.

“Nós fizemos um convênio com a Funasa, onde o órgão faz a perfuração e do poço e então temos condições de fazer o projeto de rede de distribuição de água. Isso já está feito. Agora para a aquisição de equipamentos nós temos que buscar parceiros. Nós não temos recursos para adquirir todos esses equipamentos e fazê-los funcionar”.

A assessoria de comunicação da prefeitura informou que os dois assentamentos não são de responsabilidade do município, e que não possui recursos específicos parar realizar o serviço de construção das redes de distribuição de água nos lotes.

Ainda de acordo com a prefeitura, todo o apoio, como a compra de equipamentos para o trabalho com a terra, já foi dado aos assentados.
 






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/52374/visualizar/