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Política
Domingo - 09 de Outubro de 2011 às 13:06
Por: RENATA NEVES

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O PSD que renasce em 2011 traz em suas raízes fragmentos da história política brasileira e mato-grossense e em seu DNA, ideais de partidos que permanecem vivos. 

Com o fim do Estado Novo e a queda do regime implementado por Getúlio Vargas através de um golpe, em 1945, o Brasil passou por um processo de redemocratização. Foi neste cenário que emergiu o Partido Social Democrata (PSD), uma legenda de centro com ideais progressistas. 

Em Mato Grosso, o PSD foi constituído e liderado por Filinto Müller, uma das figuras mais influentes nos dois períodos ditatoriais vividos pelo Brasil no século XX e que contribuiu para incluir o Estado no cenário político nacional. Ponce de Arruda, Rachid Mamed, Licínio Monteiro e Júlio Domingos de Campos, pai do deputado federal Júlio Campos, também participaram da fundação do partido. O PSD mato-grossense seguia os ideais da sigla liderada nacionalmente por Juscelino Kubitschek. 

Na primeira eleição direta, realizada em 1946, Arnaldo Estevão Figueiredo foi eleito governador de Mato Grosso pelo PSD. Após ser derrotado por Fernando Correa da Costa, candidato da União Democrática Nacional (UDN), em 1950, o PSD retornou ao governo em 1955 com o cuiabano João Ponce de Arruda. 

Com o retorno da Ditadura Militar, em 1964, e a promulgação do Ato Institucional nº 2 (AI-2), todos os partidos políticos existentes na época foram extintos. 

Em 1965, foi estabelecido o bipartidarismo no Brasil, com a criação da Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava o regime militar, e o MDB, classificado como de oposição. Em Mato Grosso, a Arena absorveu os antigos PSD e UDN, históricos adversários políticos. 

Membros do antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e alguns dissidentes do PSD e da UDN formaram o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), liderado pelo senador Vicente Bezerra Neto. 

Com a abertura política, em 1979, o então presidente do Brasil, general João Baptista Figueiredo, permitiu a criação de novas legendas. A Arena e o MDB foram extintos, sendo substituídos pelo Partido Democrático Social (PDS) e pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), respectivamente. 

Mais tarde, um grupo de dissidentes do PDS formou a "Frente liberal", que acabou se transformando em Partido da Frente Liberal (PFL), hoje Democratas (DEM). 

Outra parte dos dissidentes do PDS formou o Partido Progressista (PP), que agora se separou para recriar o PSD, liderado atualmente pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva. Formado por maioria progressista, a sigla conta também com a adesão de lideranças dos mais diversos partidos do Estado, formando a agremiação mais heterogênea da atualidade. 






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