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Cidades
Domingo - 09 de Outubro de 2011 às 19:24
Por: Patrícia Kappen

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Um dos clientes das sócias experimenta as roupas da malinha com calma e em casa (Foto: Arquivo Pessoal/Andreia Alegre)
Um dos clientes das sócias experimenta as roupas
da malinha com calma e em casa
(Foto: Arquivo Pessoal/Andreia Alegre)

As sócias Ananda Cruz e Daphne Barroso tiveram uma ideia que vem agradando mães que lutam sempre que precisam comprar roupas para os filhos. Por falta de tempo ou paciência para experimentar tudo o que a criança precisa, muitas têm recorrido à "malinha" que essas duas cunhadas preparam e entregam.

Desde fevereiro, elas enchem as malinhas com roupas para crianças de até 4 anos e entregam na casa de quem pede. As roupas ficam por dois dias na casa de cada uma, tempo suficiente para que ela decida com o que vai ficar. Depois, a mãe devolve a mala com o pagamento dentro. “A própria mãe que destaca os boletos das roupas e faz o cálculo de quanto ela tem que pagar. E a gente ainda manda uma calculadora na malinha para ajudar”, contou Ananda.

A receita está fazendo sucesso. “Financeiramente vale a pena, a gente não tem os custos de uma loja física. E a gente monta a mala pensando na cliente. Compensa porque você não tem funcionários, mas a logística tem que ser bem pensada”, completou.

A enfermeira e instrumentadora cirúrgica Fernanda Castilho dos Santos já até virou amiga das duas. Procurou elas em três ocasiões desde que conheceu o serviço, há três meses. “Eu trabalho todo dia, meu marido também. Elas me facilitaram muito a vida. Elas têm coisas bonitas, diferentes, artesanais, e entregam na nossa casa. O mais fácil é o fato de vir na minha casa, é o mais prático. Por exemplo, se pintou uma festinha de um colega da minha filha, eu já ligo para elas e elas me socorrem, resolvo rapidinho. E não preciso sair de casa”, explicou Fernanda.

As sócias Ananda e Daphne e as malinhas que são entregues às clientes (Foto: Divulgação/Bebêruga)
As sócias Ananda e Daphne e as malinhas que são entregues às clientes (Foto: Divulgação/Bebêruga)

As sócias têm dois motoristas que entregam e buscam as malas na casa das clientes. Elas ajudam a montar a rota do motorista, para haver menos perda de tempo possível com deslocamentos. Fernanda é só elogios ao serviço:, “Hoje eu consigo experimentar uma roupa, amanhã mais duas e não preciso da agonia de ficar na loja.”

A advogada Andreia Alegre também aprovou o esquema. Para ela é mais prático receber as roupas em casa. "É prático porque recebemos a mala em casa, a gente experimenta com calma. É muito mais fácil experimentar em casa do que na loja. O bebê fica impaciente na loja. E as roupas são moderninhas, lindas", disse ela, que já pediu a entrega da malinha duas vezes para seu filho de 10 meses.

O filho de Andreia, atualmente com 10 meses: a mãe já pediu duas vezes a malinha com as roupas (Foto: Arquivo Pessoal/Andreia Alegre)
O filho de Andreia, atualmente com 10 meses: a mãe já pediu duas vezes a malinha com as roupas (Foto: Arquivo Pessoal/Andreia Alegre)

O esquema conta com a confiança das donas da Beberuga nas clientes que entram em contato. “A gente tem um grau de segurança até no caso de a mala ser extraviada ou no caso de a cliente não devolver. A gente vê onde o cliente mora, vê como é o lugar. E tem uma ficha de controle de tudo que vai com elas. Nem todo mundo é honesto, mas ela vê que a gente é honesto de deixar as coisas com ela”, disse Ananda. “Quando veio a malinha o meu marido ficou receoso. Mas a mala vem lacrada, e dentro vem a forma de pagamento. Depois você lacra ela de novo, lacre que elas mesmas mandam. Mas depois da primeira vez, fiquei segura para mandar até sem lacre. A mala fica uns dois dias, mas se precisar de mais, elas deixam”, contou a cliente Fernanda.

A ideia das cunhadas surgiu depois de quatro anos frequentando uma feira para bebês e gestantes. As roupas fizeram tanto sucesso que a clientela começou a perguntar se elas não tinham loja, ou se não entregavam ou vendiam em casa. As duas somam 20 malas no Rio e outras 20 em São Paulo, onde também fazem entregas. De acordo com elas, todas ficam rodando o tempo todo entre as clientes. No ateliê, em Irajá, no subúrbio do Rio, costumam ficar quatro malas, até uma cliente ligar e pedir a entrega. As malas são preparadas de acordo com o que a mãe pedir.

Cada malinha tem em média 40 peças, dependendo do tamanho das roupas. "O preço é bom, bem tranquilo. É mais em conta do que ir ao shopping e elas ainda parcelam", atestou Fernanda.





Fonte: Do G1 RJ

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