Três jogadores do futebol brasileiro tiveram seus carros apreendidos pela Polícia Federal nesta sexta-feira durante a operação chamada de “Black Ops” (expressão em inglês para operações clandestinas). Emerson, do Corinthians, Diguinho, do Fluminense, e Kleberson, do Atlético-PR, tiveram os veículos retidos para investigação de um esquema montado pela máfia israelense e por bicheiros do Rio de Janeiro para vender automóveis de luxo importados por preços muito abaixo do mercado.
O carro de Kleberson foi o único investigado em Curitiba. O mandado de apreensão do veículo foi cumprido às 6h desta sexta-feira, na casa do jogador. De acordo com informações do G1, o pentacampeão mundial não resistiu ao cumprimento do mandado de retenção e foi atencioso com os policiais, que disseram acreditar que ele esteja agindo “de boa fé”.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, Kleberson informou que comprou o automóvel em “uma empresa em regular funcionamento” no Rio de Janeiro e que o valor foi “integralmente pago, da forma ajustada, e consta da nota fiscal que foi emitida em seu nome”. O jogador acrescenta que “desconhece qualquer irregularidade”.
De acordo com a PF, o modelo Jeep Hummer, que novo custaria R$ 200 mil, foi importado dos Estados Unidos de forma ilegal, por isso Kleberson deve prestar esclarecimentos à polícia futuramente.
Diguinho também fez questão de esclarecer que a documentação de seu carro está legal. Em nota divulgada por sua assessoria, o volante do Fluminense afirmou que deve buscar o automóvel, um BMW X5, no início da próxima semana no pátio da Receita Federal, já que “nenhuma irregularidade foi constatada”. O jogador treinou normalmente na manhã deste sábado nas Laranjeiras para o duelo com o Flamengo, neste domingo, às 16h, no Engenhão.
Emerson também é investigado por lavagem de dinheiro
Já Emerson ainda não se pronunciou sobre o caso. Mas deu declarações sobre outra denúncia envolvendo seu nome. De acordo com informações do jornal O Globo, o atacante está sendo investigado pela Polícia Federal por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A Delegacia de Combate a Crimes Financeiros (Delefin) do Rio de Janeiro pediu à Justiça a quebra do sigilo fiscal do jogador, que, entre 2006 e 2007, teria movimentações atípicas de milhões de reais em suas contas bancárias.
- Minha vida é um livro abertíssimo. Essa história não procede. Sou um atleta e não um maloqueiro. Sou um trabalhador. Foi tudo esclarecido - afirmou o atacante ao jornal.
Sheik atuava no Qatar quando as transações suspeitas ocorreram. A PF também investiga pessoas e empresas ligadas ao atleta para rastrear o dinheiro que saiu de suas contas e ainda suspeita que ele teria utilizado nome falso para movimentar os valores. Em 2007, Emerson, cujo nome verdadeiro é Márcio Passos Albuquerque, foi condenado a um ano e dois meses de reclusão por utilizar nome e data de nascimento falsos no passaporte. Ele recorreu e cumpriu a pena prestando serviços comunitários.
Suspenso para o jogo deste domingo, contra o Atlético-GO, Sheik apareceu no treino do Corinthians na manhã deste sábado, porém só caminhou pelo campo.
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