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Segunda - 10 de Outubro de 2011 às 07:41
Por: Leandro J. Nascimento

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Leandro J. Nascimento / G1
Mulher não resistiu aos ferimentos e morreu.
Mulher não resistiu aos ferimentos e morreu.

O final de semana terminou em luto para uma família de Mato Grosso. No dia em que o filho mais velho do casal Silva completou doze anos, a mãe da criança morreu em um acidente de trânsito. O caso foi registrado neste domingo (09) na cidade de Poconé, a 104 quilômetros de Cuiabá, e era neste município onde a família comemoraria a data. Benirdes Aparecida Correia Silva, 35 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo do socorro médico prestar assistência.

O acidente que resultou na morte da mulher envolveu uma caminhonete da Polícia Militar Ambiental de Várzea Grande e na qual estavam três policiais. Benirdes e o marido, Odair Marques da Silva, 35 anos, seguiam pela rua Bery Poconé. No cruzamento com a avenida Leonídio de Paula Correia, foram atingidos pelo carro da polícia. Com o impacto, o automóvel de passeio capotou e só parou alguns metros depois.
 
O corpo de Benirdes ficou cerca de quatro horas no local do acidente antes de ser removido e encaminhado ao hospital de Poconé. "Eu ia em um sentido quando veio a caminhonete da polícia e bateu. Tirei minha esposa de dentro do carro, mas ela já tinha falecido. Mostrei para eles [policiais] e disse que acabaram com a minha família", disse Odair, ao G1.

Testemunhas que presenciaram o acidente contam que não há sinalização na rua e que outros acidentes foram registrados pela ausência de placas indicando o sentido preferencial no bairro. Moradores dizem que o carro da polícia trafegava em alta velocidade. "A viatura estava em alta velocidade e bateu no carro preto. Com a batida ele ficou em pé na parede [de uma casa]. O motorista saiu pelo vidro e ficou desesperado, gritando que a mulher estava dentro do carro", contou a dona de casa Maria Sebastiana.

Segundo a moradora, acidentes na mesma região são comuns. "Não é a primeira vez, pois os carros passam em alta velocidade. Tem que ter sinalização", acrescentou. A ausência de médicos legistas para fazerem a liberação do corpo de Benirdes virou motivo de reclamação da família.

"Não tem um médico. Para liberar o corpo que estava jogado no chão teve que vir polícia de Cuiabá. Minha irmã ficou jogada na rua desde 10h porque não tinha ninguém capacitado", disse Marciano José Correia, irmão da vítima.

A Polícia Militar em Poconé decidiu abrir um procedimento para apurar as responsabilidades acerca do acidente. De acordo com o cabo PM Leandro Cezário, oficial no município, os três policiais do carro estavam em Poconé em atendimento a uma ocorrência.

"A polícia vai abrir um procedimento para verificar a culpabilidade e ver se os policiais estavam errados. Quanto ao acidente, a polícia técnica vai averiguar", falou, ao G1.

O velório e sepultamento de Benirdes serão realizados em Poconé. No momento do acidente, apenas marido e mulher estavam no carro porque os filhos de 12 anos e cinco meses foram deixados na residência de outras pessoas da família. Antes do acidente, o casal levava para um familiar o documento de certidão de óbito de uma pessoa que há poucas semanas morreu.





Fonte: Do G1 MT

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