Justiça nega pedido e greve nos bancos continua em MT
A Justiça indeferiu o pedido dos bancários que tentavam pôr fim a greve dos profissionais, que já dura há 14 dias. A solicitação foi interposta pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso e negado no Tribunal Regional do Trabalho.
O primeiro banco a ter o pedido negado foi o Itaú e logo depois o HSBC em Cuiabá, logo na primeira semana de greve da categoria. Outro pedido negado foi o do banco Santander recentemente. O HSBC de Sinop também teve o pedido de interdito negado pela Justiça.
De acordo com o TRT, a greve dos bancários não pode ser considerada ilegal, já que os 30% de atendimento têm sido cumpridos e as reivindicações foram consideradas justas. Conforme a jurisprudência, interdito proibitório se define como ação de manutenção de posse e de reintegração.
Este instrumento é utilizado pelos bancos para desestimular os trabalhadores sobre a greve. Mas como vem acontecendo em Cuiabá e Sinop, os pedidos apresentados pelos bancos não estão sendo aceitos pela Justiça pelo fato da mobilização dos bancários ocorrer dentro da legalidade.
Assim, a juíza titular da 1ª Vara do Trabalho de Cuiabá, Mara Oribe, ao analisar os argumentos do banco Itaú, fez referência à Lei nº 7.783/1989, que reconhece ser a greve verdadeiro direito do trabalhador. De acordo com ela, não há nenhum incidente alegado antes e durante o movimento que justifique a imediata intervenção do Poder Judiciário.
Para o presidente do sindicato, Arilson da Silva, os bancos preferem gastar dinheiro em recursos judiciais a negociar com seus empregados. “Os pedidos de interdito dos bancos são formas de intimidar os bancários a desistir de lutar pelos direitos, mas vamos nos manter fortes por mais segurança nas agências, reajuste salarial de 12,8%, maior PLR, mais contratações, enfim, mais respeito e valorização por emprego decente”.
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